Search
Close this search box.

Resumo completo sobre faringoamigdalite

faringoamigdalite

Índice

Confira o resumo completo de faringoamigdalite: desde a definição, passando por epidemiologia, diagnóstico e tratamento.

As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) são um dos agravos mais corriqueiros em atendimento médico, principalmente no meio pediátrico, mas também com grande importância na população adulta, tanto na atenção primária, como na emergência.

A faringotonsilite é um grupo de doenças inflamatórias e infecciosas que acometem a faringe, as tonsilas palatinas
e as tonsilas faríngeas, sendo um dos principais distúrbios encontrados em ambulatórios de otorrinolaringologia,
sendo popularmente conhecidas como “amigdalites” ou “dor de garganta”.

Epidemiologia da faringoamigdalite

As faringotonsilites representam cerca de 15% de todas as consultas médicas de atenção primária. Mais comuns na infância, têm seu pico de incidência no inverno e primavera, podendo variar entre quadros leves e intensos.

Transmissão

A transmissão ocorre por gotículas de saliva e tem período de incubação de cerca de 1 a 4 dias.

Etiologia

A etiologia é bastante variada, podendo ser viral, bacteriana ou não infecciosa. As infecções de etiologia viral (sobretudo o Rinovírus) representam cerca de 75% dos casos em menores de 3 anos e diminuem após a puberdade. No Brasil, 20-30%% das faringotonsilites em crianças entre 2 e 12 anos são causadas por estrectococo beta-hemolítico do grupo A (EBHGA).

Quadro clínico da faringoamigdalite

As manifestações clínicas estão imitimamente relacionadas à etiologia: estreptocócica ou não-estreptocócica.

Viral

As faringotonsilites de etiologia viral apresentam um quadro clínico de leve intensidade com:

  • Dor faríngea;
  • Disfagia;
  • Tosse;
  • Febre baixa;
  • Coriza hialina;
  • Espirros;
  • Mialgia.4

Ao exame físico se observa hiperemia e edema de faringe e tonsilas palatinas, podendo ter, raramente, presença de exsudato. Linfadenomegalia cervical também é comum. Costuma ser uma infecção autolimitada com resolução espontânea em após cerca de 7 dias.

Mononucleose Infecciosa

A mononucleose infecciosa é uma faringotonsilite causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), que tem potencial para evoluir para doença sistêmica. O EBV tem tropismo pelos linfócitos B e pelas células epiteliais da faringe e glândulas salivares.

Ocorre principalmente na faixa etária de pré-adolescentes até adultos jovens.

Sua tríade clássica é marcada por:

  • Febre;
  • Faringite;
  • Poliadenopatia.

A febre pode ser alta, persistente e acompanhada de fadiga e astenia.

Ao exame físico se observa eritema e edema tonsilar com presença de exsudato e presença de poliadenopatia dolorosa difusa.

Geralmente, os sintomas duram poucas semanas, sendo a adenomegalia e a fadiga os de maior duração, podendo durar por até 6 meses. Casos mais graves podem evoluir com hepatoesplenomegalia, edema periórbitário e meningite.

Estreptocócica

A faringoamigdalite estreptocócica apresenta como principal sintomatologia:

  • Dor faríngea de início súbto;
  • Odinofagia;
  • Otalgia reflexa.

O paciente apresenta febre de intensidade variável que pode estar associada à queda do estado geral.

Ao exame físico é observado hiperemia e edema tonsilar, com exsudato purulento e adenomegalia em cadeia jugulo-digástrica. Sinais que sugerem maior envolvimento das vias aéreas superiores, como secreção nasal e espirros, não são comumente encontrados.

Complicações

A faringotonsilite estreptocócica pode trazer, além de complicações supurativas como abscesso periamigdaliano e parafaríngeo, complicações não supurativas tardias como febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda.

Diagnóstico da faringoamigdalite

O diagnóstico da faringotonsilite é basicamente clínico, baseado na história clínica e nos achados de exame físico. No entanto, os achados na doença estreptocócica e na não-estreptocócica são parecidos, dificultando a identificação clara da etiologia.

Quando de há dúvida da etiologia, alguns testes podem ser realizados, como a cultura de orofaringe (padrão-ouro) e o teste rápido através do método de ELISA.

Tratamento da Faringoamigdalite

Em infecções virais, o tratamento não é especifico, sendo baseado em sintomáticos, para alívio da dor. Utiliza-se, então, analgésicos simples e anti-inflamatórios.

Havendo diagnóstico de infecção por EBHGA faz-se necessário o uso de antimicrobiano para encurtar a fase aguda e diminuir o risco de infecção. As drogas de primeira escolha são penicilina V oral na dose de 250 mg, 4X/dia ou 500 mg, 2X/dia, por 10 dias em adolescentes e adultos ou amoxicilina oral na dose de 50 mg/Kg/dia, 1X/dia (máximo de 1000 mg/dia) ou 25 mg/Kg/dose (máximo de 500 mg/dose), 2X/dia , por 10 dias. Existe também a opção de penicilina G benzatina intramuscular na dose de 1.200.000 UI em adultos, dose única.

A exérese cirúrgica da tonsila palatina pode ser indicada em algumas situações, como 7 ou mais episódios de faringotonsilite em 1 ano ou 5 ou mais episódios por ano em 2 anos consecutivos.

Aprofunde seus conhecimentos sobre faringoamigdalite

Você é estudante ou profissional da área médica em busca de uma maneira eficiente de aprimorar seus conhecimentos?

Apresentamos o SanarFlix, uma plataforma de aprendizagem online que revolucionará a forma como você estuda e se mantém atualizado. Descubra como nossa plataforma pode impulsionar sua carreira médica.

Entendemos que cada estudante tem necessidades únicas de aprendizagem. Por isso, o SanarFlix oferece recursos personalizados para melhor atender às suas demandas.

Você pode criar listas de reprodução personalizadas, marcar vídeos como favoritos, tomar notas e revisar o conteúdo quantas vezes desejar.

Além disso, nossa plataforma permite interações com outros estudantes e professores, criando um ambiente colaborativo e estimulante.

[Conheça a Plataforma SanarFlix]

Sugestão de leitura complementar

Assista também:

Compartilhe este artigo:

Cursos gratuitos para estudantes de medicina

Artigos relacionados: