A ultrassonografia é o exame de imagem utilizado durante todo o pré-natal e é classificado em: transvaginal, cuja importância é detectar o local de implantação do saco gestacional e a sua quantidade para detectar a gravidez; morfológica, o qual serve para identificar mal formações fetais; e a obstétrica, que será o foco desse artigo (CÔRREA, 2017).
A ultrassonografia obstétrica, realizado a partir da décima segunda semana de gestação através da via abdominal, tem o objetivo de avaliar a posição do bebê, seu peso, o aspecto da placenta e a quantidade de líquido amniótico (CÔRREA, 2017).
Para estimar o peso fetal, são utilizadas as medidas do diâmetro biparietal, comprimento do fêmur e as circunferências cefálica e abdominal. Os valores importantes do peso fetal são abaixo do percentil 10 (diagnóstico de restrição de crescimento fetal) e acima do percentil 95 (fetos grandes para a idade gestacional). Em relação a avaliação do líquido amniótico, a análise objetiva é realizada a partir da 20ª semana de gestação e utiliza a maior medida vertical da área do saco gestacional sem a presença de partes fetais e cordão umbilical, sendo valores entre 8 e 18 cm considerados normais (FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, 2014).
Por fim, para fazer a avaliação placentária, usam-se parâmetros como: a textura; grau de maturidade, cuja é classificado de acordo com a quantidade, intensidade e extensão da calcificação da placenta e expresso pelo escore de Grannum; e a localização da placenta.
Para saber mais:
O grau de maturidade da placenta varia de 0 a 3. No grau 0, não há calcificação, apresentando uma placenta homogênea comum no primeiro trimestre de gestação. No grau 1, há presença de pequenas calcificações intraplacentárias e uma textura ondulada, sendo comum a partir do segundo trimestre de gestação. No grau 2, a calcificação é acentuada na placa basal, sendo visualizada a partir da 30ª semana de gestação. E o grau 3 apresenta uma calcificação completa da placenta (MAGRI, 2013).
Além disso, a função placentária também é avaliada através da USG com dopplerfluxometria, o qual estuda o fluxo nas artérias umbilicais, investigando a resistência placentária. Esse exame é indicado para gestantes com doenças que levam a insuficiência placentária, como: hipertensão arterial, diabetes mellitus, trombofilias, cardiopatias, lúpus eritematoso sistêmico e pneumonias (FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, 2014).
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