Carreira em Medicina

Tecnologia e novas habilidades na medicina do futuro

Tecnologia e novas habilidades na medicina do futuro

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Os médicos do futuro entendem não apenas de Medicina: entendem também sobre tecnologia, gestão, marketing, bioética e empreendedorismo.

“A cura está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias”, dissera Hipócrates, o consagrado e conhecido ‘pai da medicina’, lá em meados de 370 a.C. É curioso pensar que, apesar de tão antiga, ainda continua sendo uma postulação inegavelmente atual.

Hoje são imensos os avanços na Medicina e, portanto, no cuidado aos pacientes, em virtude do desenvolvimento de áreas como a engenharia, genética e biotecnologia.

Graças a esse avanço, foram realizadas pesquisas importantes no sentido de entender como elaborar melhores Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), por exemplo, essenciais em momentos como no contexto da atual pandemia do coronavírus.

Tecnologia e continuidade do cuidado

Em maio de 2019, na cidade de Tel Aviv (Israel), ocorreu o evento Phisician 2030, que foi destinado a debater os rumos da medicina na próxima década e se tornou um marco na discussão da interface da medicina com a tecnologia. O diretor da AMB (Associação Médica Brasileira), Eduardo Nagib, representante do Brasil no evento, pontuou que “É comum entre os médicos o pensamento de que o futuro já chegou. O médico deve, desde já, desenvolver habilidades necessárias para incorporar as ferramentas que as novas tecnologias trazem para utilizá-las como facilitadoras de suas tarefas em benefício do paciente”.

Na medida em que os profissionais se vêem na necessidade de dominar ferramentas como a Telemedicina, também se faz necessário um igual avanço de campos como a bioética. Isso porque tal evolução precisa ser acompanhada por uma garantia da qualidade da relação médico-paciente, numa perspectiva humanizada.

As novas habilidades

A Medicina tem uma imensidão de escopo técnico para ser absorvido e isso termina por captar todo o foco dos profissionais. Porém, num mercado cada vez mais disputado, mesmo o profissional que mais saiba em sua área já não supre o que significa ser um profissional do futuro.

Fazer um fellowship no exterior, dominar todas as técnicas na especialidade e ter o maior salário não são prerrogativas para ser um médico do futuro!

Hoje, é preciso se reinventar: entender de tecnologia, gestão, empreendedorismo, comunicação e marketing. É preciso dominar novas ferramentas como a Telemedicina e o uso cada vez mais importante do USG, mas também saber cada vez mais ter empatia, estar atento às necessidades e expressões corporais dos pacientes, modular seu tom de voz para que possa ser melhor compreendido em diferentes contextos.

É preciso saber quando retroceder em condutas, saber quando pedir ajuda aos colegas da área de saúde. Saber que hoje há a possibilidade de consultar ferramentas otimizadoras de conduta, como os aplicativos, e que não há nenhum demérito em fazer isso!

É preciso, sobretudo, saber que antes de ser médico é humano, e que está sujeito a aprender sempre. Porque afinal, todo profissional passará por uma curva de aprendizado e é a experiência aliada a uma boa formação que o consolidarão enquanto profissional de excelência.

Saber que escolher um campo de atuação pelos salários mais promissores também não é o melhor caminho para a manutenção da satisfação pessoal.

Num mercado em que o conhecimento técnico tem se tornado cada vez mais acessível, estar preso apenas a isso não é o caminho.

Há aqueles que dizem, inclusive, que o profissional do futuro a que me refiro, é o profissional de agora!

E você? Qual profissional você é?