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TCE: entenda sua classificação, tipos de lesões e mais

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Entenda a classificação do TCE, os tipos de lesões advindos do trauma e muito mais sobre essa emergência! Bons estudos!

O trauma cranioencefálico (TCE) é o tipo mais comum de Trauma nas emergências do Brasil. Em grande parte dos casos, o desfecho é o óbito, antes mesmo de chegar ao hospital. Por isso, é fundamental que o médico tenha familiaridade com esse tipo de emergência!

Classificação e Etiologia do TCE

Os TCE’s são classificados de acordo com a gravidade da lesão.

Dessa forma, é adotado como parâmetro a Escala de Coma de Glasgow (GCS), ferramenta fundamental para a classificação do trauma.

Durante a realização do cálculo da GCS do paciente, podem haver respostas diferentes nos membros. Nesses casos, devemos considerar a melhor resposta.

A partir da GCS, o paciente pode ser classificado em 3 categorias de gravidade:

  • Leve (13-15);
  • Moderado (9-12);
  • Grave (3-8).

No ano de 2018, a GCS sofreu modificações, incluindo a reatividade pupilar, a mudança do escore para 15 pontos e a inclusão do “critério não testável”.

Etiologia do TCE: compreendendo suas causas

Avaliando as causas de TCE, entende-se que as causas externas são mais comuns nesse tipo de trauma.

Dentre elas, os acidentes automobilísticos (50%) e as quedas (30%) são as que mais resultam em TCE. Outra porção relevante para as causas de TCE são os acidentes decorrentes de esportes e recreação.

Considerando os acidentes automobilísticos, entende-se que o consumo de álcool foi um aliado à essa causa de morte. Pensando nisso, a Lei Seca, que completou 14 anos em 2022, foi uma aliada na diminuição de mortes por TCE.

O TCE e suas morfologias: entenda

Entender a morfologia do TCE é fundamental para garantir uma série de cuidados adequada ao paciente.

Pensando nisso, deve-se saber conduzir bem um exame físico neurológico e solicitar exames como TC de crânio e Angio TC quando necessário.

Tipo 1 de TCE: Fraturas

As fraturas de crânio é uma morfologia do TCE que demanda uma atenção especial da equipe encarregada dos cuidados do paciente.

É importante ressaltar que a importância de se suspeitar de uma fratura craniana é fundamental no ambiente extra e intra-hospitalar. Ou seja, saber reconhecer os sinais que sugerem essa morfologia de trauma.

Muito comumente, o TCE com fratura é de dois tipos:

  • Calota craniana;
  • Base de crânio.

A fim de identificá-las com precisão é necessária a realização do exame mandatório no TCE: TC de crânio. Por meio da TC será possível identificar as fissuras e sua localização exata na topografia craniana. Apesar disso, através da inspeção de cabeça durante o atendimento inicial, já é possível identificar sinais que sugerem uma fratura, como a depressão óssea.

Durante a graduação de medicina, dois sinais são os que indicam a fratura de base de crânio:

  • “Olho de guaxinim”: equimose periorbital;
  • Sinal de Battle: equimose retroauicular.
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Sinais de fratura de base de crânio.

Embora esses sejam sinais dignos de serem mantidos na mente do médico atendente, eles não são mandatórios para o quadro. Ou seja, nem sempre o paciente que tem fratura de base de crânio necessariamente apresentará um dos sinais. Sendo assim, a fratura de base de crânio não deve ser descartada antes da realização de uma TC de crânio.

Além disso, lembre-se que as fraturas de base de crânio podem resultar com fissuras ósseas soltas. A partir disso, esses pedaços ósseos podem atravessar os canais carotídeos e lesar vasos importantes. Por esse motivo, é indicada, ainda, a realização de uma Angio TC.

Tipo 2 de TCE: Lesão difusa

Sobre as lesões difusas, podem ser:

  • Concussão;
  • Lesão Axonal Difusa (LAD);
  • Hemorragia Meníngea Traumática;

A concussão é a forma mais branda de lesão difusa. Cursa com perda de consciência transitória, por cerca de um período de 6 horas. É importante ter em mente que, geralmente, a TC de Crânio e RM costumam ser normais. Embora se tenha essas informações sobre a concussão, a sua fisiopatologia não é bem esclarecida.

A lesão axonal difusa (LAD) é resultado da aceleração rotacional e/ou angular mais importante da cabeça. Em cerca de 20% dos casos, o paciente segue com coma ou algum déficit neurológico nas 6-24 horas seguintes ao trauma, o que caracteriza um quadro leve. Caso o coma se estenda além de 24 horas associado a lesão de tronco cerebral, em 50% dos casos o desfecho é o óbito.

Considerando a hemorragia meníngea traumática, a rotura é dos próprios vasos mais superficiais, comum nos casos graves de TCE.

Tipo 3 de TCE: Lesão focal

Dentre as lesões focais, podemos ter:

  • Contusões cerebrais;
  • Hematomas:
    • Extradural Agudo (Heda);
    • Subdural Agudo;
    • Subdural Crônico;
    • Intracerebral.

As contusões cerebrais frequentemente estão acompanhadas de outras lesões como hematomas extradurais e/ou subdurais. Costumam ser frontais, principalmente nos giros orbitários e lobos temporais.

Ainda, as contusões podem resultar de traumas sobre pequenos vasos, ou mesmo sobre o parênquima cerebral. Segundo o Ministério da Saúde, a TC desse tipo de lesão costuma demonstrar lesões hiperdensas, entremeadas com áreas hipodensas.

Os hematomas costumam ocorrer dentro do cérebro ou mesmo entre o cérebro e o crânio. Apesar de nesse artigo estarmos falando sobre o TCE, os hematomas também podem ser espontâneos.

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Hematoma subdural e epidural. Fonte no tópico “referências”.

Lesão focal e o Hematoma Epidural: como raciocinar?

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Perguntas Frequentes

  1. Qual o tipo mais comum de trauma?
    O trauma crânio-encefálico (TCE).
  2. Como classificar a gravidade do TCE?
    Através da escala de coma de Glasgow. Glasgow de 15 a 13 = TCE leve; 12 a 9 = TCE moderado; 8 ou menos = TCE grave.
  3. Quais os 3 eixos de avaliação na Escala de Coma de Glasgow?
    Abertura ocular, resposta verbal e resposta motora.

Referências

  1. American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 9ª ed. Chicago -IL: 2012.
  2. American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 10ª ed. Chicago-IL: 2018.
  3. Imagem “Hematoma subdural e epidural”.

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