A sexualidade humana é uma área muito importante tanto por seus impactos na vida como na saúde do indivíduo. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a disfunção erétil afeta aproximadamente 10% dos homens em todo o mundo. Além disso, com base em dados da OMS, estima-se que entre 20% e 30% das mulheres em todo mundo têm baixo desejo sexual.
É importante que você tenha em mente que esses dados falam apenas só dois problemas relacionados à sexualidade. A área é muito ampla e tem se mostrado uma boa opção de especialização e atuação para profissionais de medicina.
O objetivo desta publicação é trazer informações úteis e de qualidade sobre o que é sexualidade humana, quais seus principais problemas e como se tornar um especialista nesta área. Aproveite a leitura!
Sexualidade humana: o que é e quando começou a ser discutida no Brasil?
Segundo a OMS, “sexualidade é um aspecto central do ser humano ao longo da vida. Ela engloba sexo, identidades e papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução”.
Além disso, a OMS aponta que a sexualidade “é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, jurídicos, históricos, religiosos e espirituais”.
A sexualidade humana vai muito além do ato sexual em si, engloba todas as formas como a pessoa pode expressar sua sexualidade. Com o passar dos anos, ela começou a ser reconhecida como uma área de estudo.
Marcos importantes no Brasil
Ao olharmos para o Brasil, alguns marcos importantes foram:
1960 e 1970
Durante as décadas de 60 e 70, ocorreram mudanças significativas no contexto social e cultural no Brasil. Entre elas: o movimento pela redemocratização e o advento da revolução sexual.
Década de 1980
A sexualidade começou a ganhar espaço nos campos acadêmico e clínico. Vale acrescentar que houve a inclusão de disciplinas sobre sexualidade nas graduações de medicina e psicologia.
1990 e 2000
Em 1990 e 2000, aumentou-se a discussão sobre a sexualidade humana. Organizações não governamentais, ativistas e profissionais da saúde sexual atuaram na promoção ativa da educação sexual com foco na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e na defesa dos direitos sexuais.
2011
Em 2011, foi instituída a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O objetivo da iniciativa é promover a saúde integral dessa população, eliminando a discriminação e o preconceito institucionais e contribuindo para a redução das desigualdades.
Atualmente, a sexualidade humana é uma área de estudo amplamente reconhecida e abordada em diferentes disciplinas acadêmicas, como medicina, psicologia, sociologia, antropologia, entre outras. Existem instituições de ensino, organizações e profissionais especializados dedicados à pesquisa e ao atendimento relacionados à sexualidade humana.
Sexualidade humana: impacto na vida humana e os principais problemas
A sexualidade humana abrange uma ampla gama de experiências, desejos, identidades e comportamentos sexuais. Porém, muitas pessoas enfrentam desafios relacionados à sua sexualidade, que podem afetar sua saúde emocional e bem-estar geral.
Quando os problemas relacionados à sexualidade afetam negativamente a vida de uma pessoa, é importante procurar ajuda médica.
Os médicos desempenham um papel crucial no diagnóstico e tratamento dessas questões, oferecendo orientação profissional e opções de tratamento adequadas.
Confira os principais problemas relacionados à sexualidade
- Disfunção erétil: a incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção adequada para a atividade sexual satisfatória. Esse problema pode ter várias causas, incluindo fatores físicos, psicológicos e emocionais.
Uma pesquisa realizada em 2019 pelo Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (NIDDK) estimou que a prevalência de disfunção erétil no Brasil é de aproximadamente 25% entre os homens acima de 40 anos.
- Desejo sexual hipoativo: caracterizado por uma diminuição acentuada ou ausência de interesse em atividades sexuais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que entre 20% e 30% das mulheres em todo o mundo têm baixo desejo sexual.
- Ejaculação precoce: uma condição em que um homem atinge o orgasmo e ejacula mais cedo do que o desejado durante a atividade sexual. Pode ocorrer de forma consistente ou esporádica e pode ser causada por fatores físicos ou psicológicos.
- Transtornos de identidade de gênero: esses transtornos ocorrem quando uma pessoa experimenta desconforto ou angústia significativa em relação ao seu gênero designado ao nascer. Isso pode levar a uma desconexão entre a identidade de gênero pessoal e o sexo biológico, resultando em sofrimento psicológico.
Como ser especialista em sexualidade humana?
Para os médicos interessados em atuar na área da sexualidade humana, existem várias opções de formação e treinamento disponíveis.
Vale ressaltar que é preciso concluir a graduação em medicina em uma instituição reconhecida pelo MEC, fazer uma residência médica em especialidades relacionadas à saúde sexual, como ginecologia, urologia, endocrinologia ou psiquiatria.
Após essas etapas de formação, o profissional pode fazer um fellowship específico em sexualidade humana ou um curso de pós-graduação.
Ao final da especialização, é preciso se inserir na prática clínica e buscar um aprimoramento contínuo. Vale participar de cursos, conferências e workshops sobre o tema.
Onde posso fazer a especialização em sexualidade humana no Brasil?
Uma ótima opção de local para se especializar em sexualidade humana é no Cetrus. O Centro de Ensino oferece uma pós-graduação Lato Sensu na área que tem carga horária de 360 horas, divididas em 10 módulos presenciais.
O curso prepara o profissional para lidar com toda a gama de possibilidades em torno da queixa, incluindo treinamento em mindfulness, terapia cognitivo comportamental, laserterapia, fisioterapia do assoalho pélvico, entre outros aspectos relevantes na sexologia.
Além disso, o profissional fica apto para realizar avaliações psíquicas e sociais dos pacientes envolvidos nestas questões. Também para aplicar as técnicas em seus atendimentos.
O que se aprende na pós-graduação em sexualidade humana no Cetrus?
Ao longo do curso, será ensinado, além de conceitos teóricos importantes para lidar com todos os aspectos que envolvem a sexualidade, aulas de meditação, práticas de atendimento com atores, bases de psicodrama e TCC (terapia cognitivo-comportamental), entre outros.
Coordenação do curso de sexualidade humana no Cetrus
A especialização é coordenada pelas ginecologistas Dra. Aline Ambrósio e Dra. Carolina Ambrogini.
Aline Ambrósio fez pós-graduação em Sexualidade Humana pela USP (Universidade de São Paulo). A médica também é doutora pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Já Carolina Ambrogini é Coordenadora do Projeto Afrodite-se do Departamento de Ginecologia da Unifesp e também do curso de Aprimoramento em Disfunções Sexuais Femininas da mesma instituição, além de especialista em Sexualidade Humana pela USP.
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Referências
OMS: saúde sexual, direitos humanos e a lei [e-book]. Tradução realizada por projeto interinstitucional entre Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal do Paraná.
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