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Resumo: Choque Hipovolêmico | Ligas

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Definição e epidemiologia

O choque caracteriza-se como uma síndrome de insuficiência
circulatória,  um desbalanço entre o
aporte de oxigênio e a demanda celular. A hipoperfusão resulta em alterações
metabólicas a nível bioquímico com progressão a nível sistêmico. O desajuste do
pH sérico, disfunção tecidual e consequente mobilização das cascatas
inflamatórias e antiinflamatórias são exemplos das manifestações sistêmicas
iniciais, estas podem evoluir com morte celular e danos teciduais
irreversíveis.

A classificação do choque varia de acordo com sua etiologia, os
principais tipos de choque são classificados em : Choque hipovolêmico,
cardiogênico, distributivo e obstrutivo.

A epidemiologia relaciona-se diretamente com a etiologia, o choque
hipovolêmico é a causa de 50% dos óbitos pré- hospitalares (Kauvar, DS. 2006.
DOI: 10.1097/01.ta.0000199961.02677.19 ),

Fisiopatologia       

o
choque hipovolêmico como denota o nome, trata -se de uma perda de volemia com
consequente insuficiência circulatória e alterações sistêmicas . A redução do
volume intravascular gera uma diminuição do retorno venoso e consequente
diminuição do volume diastólico final. Assim, a oxigenação tecidual e o aporte
de nutrientes fica comprometido. O mecanismo compensatório inclui o aumento da
frequência cardíaca, a vasoconstrição periférica e estimulação dos
barorreceptores que levam ao aumento da frequência respiratória e ativam
catecolaminas dando início a cascata inflamatória. No entanto, o mecanismo
compensatório torna-se insuficiente, o resultado inclui hipotensão, resposta
inflamatória sistêmica com mau funcionamento enzimático e morte celular. A
causa mais comum de choque hipovolêmico é hemorragia, porém pode ser
resultante  de edema com perda volêmica
para o terceiro espaço e desidratação, causa menos comum.

Quadro clínico

 O
quadro clínico do paciente  varia de
acordo com a gravidade do choque, o choque hipovolêmico pode ser classificado
em uma escala de (I- IV) preconizada pelo ATLS, a tabela a seguir demonstra a
classificação do choque de acordo com o quadro clínico e a conduta necessária
em cada caso. A classificação leva em consideração o volume perdido, a
frequência cardíaca a pressão sistólica e de pulso,a  frequência respiratória, o débito urinário e
o estado mental.

  Classe I Classe II Classe III Classe IV
Perda
sanguínea (mL)
Cerca de 750 mL 750-1500 mL 1500 – 2000 mL >2000
mL
Perda
sanguínea (% volume total)
Cerca de 15% 15 a 30% 30 – 40% >40%
Frequência
cardíaca (bpm)
< 100 100- 120 120 – 140 >140
Pressão
Sistólica
Normal Normal diminuída diminuída
Pressão de
Pulso (mmHg)
Normal ou aumentada Normal diminuída Diminuída
Frequência
respiratória
14-20 20-30 30 – 40 >35
Débito
urinário (ml/h)
>30 20-30 5 – 15
Estado
mental
Ligeiramente ansioso Levemente ansioso Ansioso, confuso Confuso, letárgico
Terapia
inicial de reposição de fluidos
Cristaloides Cristaloides Cristaloides e sangue Cristaloides e sangue

Diagnóstico

O
dianóstico do choque hipovolêmico é majoritariamente clínico, o profissional
deve se atentar para focos de hemorragia, sinais de trauma, edema,  hipotensão, taquicardia, taquipneia,
alteração estado mental, oligúria, má perfusão periférica e  acidose metabólica. O diagnóstico deve ser
realizado com agilidade pelo profissional e de forma dinâmica, ocorrendo simultaneamente
ao tratamento,  a fim de  e evitar maiores danos.

Tratamento

A
conduta terapêutica do choque hipovolêmico resume-se em interromper possíveis
focos de sangramento visíveis e iniciar a reposição volêmica com cristalóides e
hemoderivados. A necessidade de reposição varia de acordo com a gravidade do
choque, apenas o choque hipovolêmico de classe III e IV demandam transfusão.

A
interrupção de focos hemorrágicos deve ser feita por compressão de no mínimo 8
min e após realizar curativo compressivo oclusivo

A
reposição volêmica deve ser feita sempre com cristalóides aquecidos a fim de
evitar hipotermia, realizada  por meio de
acesso venoso periférico, de calibre 18.

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