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Resumo sobre dermatite seborreica no RN | Ligas

Mapa mental sobre dermatite seborreica no RN

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A dermatite seborreica no RN é uma doença inflamatória crônica que é frequente nas primeiras semanas de vida, conhecida como crosta láctea, sendo uma condição inofensiva e temporária, na qual aparece cascas grossas amarelo ou marrom sobre o couro cabeludo da criança.

Possui dois picos de incidência: um no recém-nascido, até os três meses de vida, e outro na fase adulta, aproximadamente entre os 30 e 60 anos de idade. Por esse motivo, acredita-se que ela esteja associada a hormônios sexuais, devido a sua apresentação bimodal.

Patogênese

A patogênese está mal esclarecida. É
provável a influência do aumento da atividade das glândulas sebáceas resultante
de fatores hormonais maternos e de fatores nutricionais; a levedura lipofílica
Pityrosporum ovale (Malassezia), detectada na maioria das crianças com
dermatite seborreica tem, provavelmente, papel importante, pois que e apenas é
detectada em pequeno número de crianças sem dermatite seborreica.

Ainda
não está perfeitamente definida a fisiopatologia exata da dermatite seborreica.
Porém, hoje a regra é a associação da doença à presença do fungo Malassezia sp.
na pele dos indivíduos acometidos. Sabe-se que este é encontrado na pele de
todos os indivíduos, podendo ser encontrado em maior quantidade naqueles que
apresentam Dermatite Seborreica.

Quadro clínico da dermatite seborreica

Caracteriza-se,
logo após o nascimento, pelo surgimento de descamação fina e seca e/ou placas
eritematosas redondas ou ovaladas, bem delimitadas amareladas, aderentes e de
intensidade  variável. Pode também
ocorrer na face e nas dobras, tais como regiões retroauriculares, pescoço,
axilas e região inguinal. Destaque importante para o couro cabeludo que as
escamas geralmente são mais espessas e gordurosas (formam uma carapaça,
designada crosta láctea) que as outros locais.

Diagnóstico diferencial

A
forma da infância da DS é semelhante à dermatite atópica (DA), porém, os locais
de acometimento (dobras na DS e superfícies extensoras na DA) e a ausência de
prurido na DS as diferenciam. A dermatite de contato pela fralda poupa as
dobras, enquanto a DS predomina nestas. Já a psoríase na infância é muito
semelhante à DS nesta faixa etária, sendo quase impossível sua separação.

Diagnóstico

O
diagnóstico é clínico. Em alguns casos é necessária a realização
de alguns exames clínicos, como o micológico, a biópsia e o teste de contato.

Tratamento da dermatite seborreica

Por
se tratar de uma doença inflamatória crônica, em resposta a uma provável
presença de um fungo (Malassezia sp.) na pele e do seu metabolismo através da
utilização dos lipídios da pele, o objetivo do tratamento consiste no controle
da inflamação, da proliferação do micro-organismo e da oleosidade.

Em
casos de crostas láctea mais leves, usa-se Xampus diariamente para solucionar
essas situações. Caso as escamas estejam mais espessas e aderentes usa-se óleos
de amêndoas ou vaselinas 2h horas antes do banho e logo após massageia-se
suavemente junto com o xampu.
Os  xampus antisseborreicos contendo
cetoconazol, bifonazol, piriditionato de zinco, sulfureto de selénio são úteis
quando a inflamação ou descamação é intensa ou não melhora suficientemente com
tais medidas.

Se houver componente inflamatório
marcado, pode aplicar-se corticóide tópico de baixa potência (ex.:
hidrocortisona 1% creme; aceponato de metilprednisolona emulsão) 1x/dia, por
período curto (7-10 dias). 

Em outras áreas,o banho pode ser
feito com óleo dispersível na água. Deve evitar-se o uso de sabões e convém
aplicar creme emoliente 1- 2x/dia. Nas áreas afectadas deve aplicar-se
creme imidazólico (ex.: cetoconazol  creme, bifonazol  creme)
1-2x/dia, durante 10-14 dias. 

Se o eritema for marcado, adicionar corticóide tópico de baixa potência (ex. hidrocortisona 1% creme, 1-2x/dia, 7-10 dias). Os tópicos contendo ácido salicílico são contraindicados nesta faixa etária pelo risco de absorção sistémica (salicilismo) e irritação.

Leituras Relacionadas

Autores, revisores e orientadores:

  • Autoras: Luanny Gomes dos Santos
  •   Eduarda Regis Lins Gonzalez de Souza
  • Revisora: Maria Clara Passos Hasselmann
  • Orientador: Dr. Hans Greve

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