Raciocínio Clínico: o que é, como funciona e teorias

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O raciocínio clínico é um processo cognitivo que permite que o médico determine o diagnóstico correto do paciente e adote uma conduta pertinente para o problema apresentado. Toda estratégia desenvolvida para encontrar a solução para um problema clínico.

É uma das funções básicas do exercício médico. Um médico não atingirá bom desempenho se suas habilidades de raciocínio clínico forem insuficientes.

Profissional de medicina e o raciocínio clínico

Mesmo com a grande evolução da ciência médica, a prática clínica ainda está muito acoplada a habilidade do médico de formar um diagnóstico preciso e tomar condutas a partir dele.

Dessa forma, a eficiência está intimamente ligada a capacidade de análise e síntese dos dados clínicos, bem como tomada de decisões.

Como funciona o raciocínio clínico?

Ele depende de diversos fatores, entre eles:

  • local onde a consulta é realizada (na emergência, no ambulatório, na UTI),
  • necessidades do paciente,
  • sua condição socioeconômica,
  • seu ambiente de moradia,
  • a rede de apoio que o cerca, entre outros elementos, que podem percebidos pelo examinador no decorrer da consulta.

Essas informações, muitas vezes negligenciadas, podem ser a fonte provocadora dos sintomas ou sinais do paciente.

Esse tipo de informação recebe o nome de dado elementar. Após sua análise, ele pode ser transformado ou não em problema clínico que necessita de atenção e conduta.

Preparação faz a diferença

O raciocínio clínico começa com o planejamento da consulta. Na tentativa de adequar a anamnese ao local onde o atendimento está sendo realizado.

Na atenção básica, faz-se uma consulta mais prolongada, buscando detalhes importantes para o bem estar do paciente. Já na UTI busca-se estabilização mais rápida do paciente.

A partir disto, determina-se como a coleta de dados deve ser estruturada, se será mais aprofundada ou mais específica.

Em posse destas informações, com o conhecimento clínico do examinador, é possível determinar condutas estabelecidas de acordo com as prioridades do paciente.

Teorias para desenvolver o raciocínio clínico

Nas últimas décadas, houve um crescimento de pesquisas que possibilitaram uma enorme ampliação da capacidade de compreensão do raciocínio humano e, consequentemente, do raciocínio clínico.

Estudos sobre ciência cognitiva e teoria da decisão aumentaram o conhecimento sobre os processos cognitivos que norteiam as tomadas de decisão diagnóstica e terapêutica em medicina. Assim, surgiram algumas teorias sobre o desenvolvimento do raciocínio.

Método hipotético-dedutivo

O método hipotético-dedutivo, também chamado de método crítico ou da tentativa e erro. Surgiu a partir de estudos na década de 70 com médicos experientes e estudantes de medicina. Os participantes atendiam os pacientes e explicavam o raciocínio usado para solucionar os casos.

Essa teoria diz que em um caso clínico o médico elabora algumas hipóteses diagnósticas. E, conforme se aprofunda na coleta de informações (por exemplo através de testes diagnósticos capazes de reforçar ou refutar as hipóteses geradas), vai rejeitando ou aceitando as hipóteses pré-estabelecidas até chegar ao diagnóstico.

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