Quanto tempo o coronavírus sobrevive em cada superfície? | Colunistas

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O coronavírus pode permanecer ativo em diferentes superfícies. Entenda a importância da higiene e de deixar o ambiente desinfetado

Origem do novo coronavírus

Em dezembro de 2019, um novo coronavírus (COVID-19) causou um surto em Wuhan, na China e logo se espalhou para outras partes do mundo, tornando-se uma pandemia. Os sintomas típicos são febre, mal-estar, falta de ar e, em casos graves, pneumonia.

Casos do novo coronavírus no Brasil

No Brasil, já foram registrados
casos de transmissão comunitária e óbitos por esse novo coronavírus. Desde
então, diversas orientações, como o isolamento em casa, têm sido divulgadas
para evitar a disseminação do COVID-19, uma vez que os vírus respiratórios se
espalham por meio de pequenas gotículas liberadas pelo nariz e pela boca de uma
pessoa infectada quando ela tosse ou espirra. Uma única tosse pode produzir até
3 mil gotículas.

Em locais públicos ao redor mundo, tornou-se comum pessoas usando máscaras, evitando encostar nas barras dos transportes públicos, tentando abrir portas com cotovelos e limpando suas mesas de trabalho muito mais que o usual. De fato, o novo coronavírus pode estar presente nessas superfícies.

Estabilidade do novo Coronavírus em diferentes superfícies

Estudo publicado pela New England Journal of Medicine em março de 2020 avaliou a estabilidade do COVID-19 em diversas superfícies e estimou suas taxas de decaimento.

De acordo com o estudo, o novo vírus permaneceu viável em
aerossóis durante 3 horas com uma redução no título infeccioso de 103,5
para 102,7 por litro de ar. A
meia-vida do COVID-19 em aerossóis teve com estimativas mediana de
aproximadamente 1,1 horas e intervalos de confiança de 95% de 0,64 a 2,64.

O COVID-19 foi mais estável em plástico e aço inoxidável do que em cobre e papelão. Em superfícies de cobre, nenhum vírus viável foi medido após 4 horas, e no papelão, nenhum viável foi medido após 24 horas.

A viabilidade mais longa do vírus foi em aço inoxidável e plástico: a meia-vida média estimada foi de aproximadamente 5,6 horas em aço inoxidável e 6,8 horas em plástico, tendo como tempo máximo de 72 horas após a aplicação nessas superfícies. A capacidade do vírus de sobreviver por tanto tempo apenas ressalta a importância da limpeza de superfícies.

Ainda não há estudos sobre a viabilidade deste novo vírus em tecidos. No entanto, sabe-se por estudos realizados com outros patógenos que, de forma geral, os vírus podem ter sobrevida de 72 a 96 horas nos panos.

Pelo tecido ser poroso, pode ocorrer o acúmulo de secreções respiratórias e muitas vezes o acesso da água é limitado. Assim, a lavagem de tecidos deve ser feita com água e sabão.

Os riscos da contaminação

Tocar uma superfície ou objeto que contenha o vírus e depois tocar o próprio rosto não é considerado o principal meio de propagação do vírus, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

Mesmo assim, a Organização Mundial de Saúde enfatiza que lavar as mãos com água e sabão, usar álcool 70% e limpar e desinfetar superfícies frequentemente são medidas essenciais para impedir a propagação do COVID-19.

Autora: Ingrid Morselli Santos, Estudante de medicina.

Confira o vídeo:

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