Pupilas: o que é midríase e miose | Colunistas

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O corpo humano possui diversos mecanismos de defesa, desde a secreção de hormônios para aguçar os sentidos, como também a dilatações das pupilas para regular a entrada de luz aos olhos, neste caso, ocorre midríase ou miose, há depender do caso. Sabe quando o médico utiliza uma luz e direciona aos seus olhos? Pois bem, ao longo desta publicação você será capaz de entender melhor esta técnica. Se você acaba se confundindo entre os conceitos, ao final vou disponibilizar uma dica infalível para você não esquecer mais.

Quando você adentra em um ambiente escuro, ou seja, com baixa iluminação, o nosso sistema nervoso detecta e aciona músculos capazes de alterar o tamanho das pupilas. A mesma situação também ocorre quando você está em um ambiente muito iluminado, com isso, o processo será inverso, ou seja, suas pupilas iram retrair afim de permitir menos luz aos seus olhos.

Todo este processo de dilatar e retrair é algo fisiológico e necessário, contudo, a medicina utiliza este processo para identificar situações patológicas, estas, veremos a seguir.

MIDRÍASES

Se este processo não tiver sido de origem fisiológica (natural), é preciso considerar algumas das hipóteses abaixo:

  • Quando as pupilas são dilatadas devido a uma baixa luminosidade no ambiente, o sistema nervoso reage com a dilatação das pupilas para que entre mais luz aos olhos.
  • Dano cerebral, são reflexos que pode ocorrer quando o paciente sofre algum trauma craniano. Após um acidente por exemplo, é comum haver uma dilatação das pupilas caso se tenha comprometimento cerebral.
  • Lesões subjacentes, devido ao inchaço do cérebro, podendo ser um tumor cerebral ou até mesmo um traumatismo craniano.
  • Uso de determinados medicamentos podem contribuir para o descontrole das pupilas, como exemplo, podemos citar os fármacos para epilepsia.
  • Além do uso de alguns medicamentos, substâncias tóxicas também alteram as funções dos neurotransmissores e afetam diretamente a comunicação com os músculos responsáveis pelas pupilas.

MIOSE

As pupilas se contraem mediante a presença de luz, o sistema nervoso aciona os mecanismos de contração para diminuir a quantidade de luz a fim de evitar uma possível lesão na parte interna dos olhos. Se este processo não ocorre em sua forma fisiológica, é preciso ter bastante atenção, pois podemos estar diante de algumas das seguintes situações:

  • Uso de substâncias tóxicas, como cocaína, heroína e até mesmo a maconha pode causar essas condições por determinadas horas.
  • O uso excessivo de drogas, causando overdose ou intoxicações severas.
  • Utilização de codeína e morfina.
  • No processo de quimioterapia são utilizadas determinadas drogas, com isso, pode ocasionar miose.
  • Pupilas de Argyll Robertson, ocorre devidos a complicações neurológicas decorrentes da Sífilis.
  • A Síndrome de Calude Bernard-Horner pode ocasionar a miose, pois vai haver uma interrupção do estímulo nervoso.
  • Hemorragia intracraniana e coma profundo.

DICA INFALÍVEL

A palavra Midríase é maior que Miose, com isso, midríase refere-se a dilatação das pupilas, ou seja, o aumento das pupilas, enquanto Miose é menor, refere-se a diminuição das pupilas.

Midríase: palavra maior; aumento das pupilas; dilatação;

Miose: palavra pequena; diminuição das pupilas; retração;


O texto é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

Observação: material produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar junto com estudantes de medicina e ligas acadêmicas de todo Brasil. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido. Eventualmente, esses materiais podem passar por atualização.

Novidade: temos colunas sendo produzidas por Experts da Sanar, médicos conceituados em suas áreas de atuação e coordenadores da Sanar Pós.


REFERÊNCIAS

Ferreira, R. R., Nicorena, B. B., De Moura, S. P., Navarro, V. L. F., & Mello-carpes, P. B. (2011). Compreendendo Os Reflexos Fisiológicos Envolvidos Na Resposta Reflexa. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão3(1).

Nishida, S. M. (2012). Sentido da visão. Apostila do Curso de Fisiologia, Departamento de Fisiologia, Unesp-Botucatu.

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