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Profilaxia de Tromboembolismo Venoso (TEV)

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Estudos apontam que aproximadamente metade dos pacientes internados estão em risco de desenvolverem tromboembolismo venoso, podendo tanto ser diagnosticados como trombose venosa profunda como embolia pulmonar.

Atualmente, a embolia pulmonar é considerada a maior causa de morte de pacientes internados prevenível.

Profilaxia de Tromboembolismo Venoso

Antes de começarmos a conversar propriamente sobre a profilaxia, precisamos ter em mente a diferença entre tromboembolismo venoso (TEV), trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP).

  • TEV – é o conjunto de eventos tromboembólicos que podem ser preveníveis. É constituído tanto por TVP com TEP.
  • TVP – formação de coágulo de forma patológica em qualquer leito venoso do corpo, sendo mais comum nos membros inferiores. Aqui o paciente irá se apresentar com dor na região acometida, com edema distal e hiperemia.
  • TEP – quando ocorre um TVP em uma veia proximal, esse trombo pode sair da circulação venosa, passar pelo coração e se impactar no pulmão do paciente. Aqui o paciente irá se apresentar com dor torácica, dispneia, chegando em alguns momentos a apresentar hemoptise.

É importante também termos em mente a fisiopatologia da formação de trombos, já que será sobre seus agentes que teremos que agir para prevenir a TEV.

Vamos agora revisar brevemente sobre a Tríade de Virchow. Elaborada pelo patologista alemão Rudolf Virchow (1821-1902), é uma teoria que apresenta três componentes para a formação dos trombos, sejam eles venosos ou artérias. Ela vai ser composta por:

  • Alteração no fluxo sanguíneo – a diminuição do fluxo sanguíneo no leito vascular, como ocorre em grandes cirurgias, doenças neurológicas, doenças clínicas aguda, trauma, fraturas e obesidade, é capaz de propiciar a formação de trombos;
  • Lesão endotelial vascular – quando lesionado, o endotélio expõe diversos fatores que propiciam a formação de trombos para impedir a propagação dessa lesão, como ocorre em infecções, sepse, cirurgia e trauma;
  • Hipercoagulabilidade – esse fator, as vezes intrínseco ao paciente, é decorrente do aumento dos agentes pró-coagulantes ou pela diminuição dos agentes anticoagulantes, como ocorre em trombofilias hereditárias, doenças reumatológicas, doenças hematológicas e neoplasias.

Epidemiologia do tromboembolismo venoso

Diversos estudos epidemiológicos apresentam taxas de TEV, sem o uso de profilaxias, entre 10-80%, sendo este número considerado superestimado. As estimativas da incidência de TEV em pacientes hospitalizados são imprecisas por diversos fatores, como o tipo de cirurgia a qual o paciente é submetido, pela notificação de casos sintomáticos e assintomáticos, pelo aumento das medidas de profilaxias, a deambulação precoce dos pacientes e a diminuição da duração da estadia dos pacientes internados.

A profilaxia para TEV mostrou ser capaz de reduzir o risco em pacientes internados, tanto clínicos quando cirúrgicos. Enquanto alguns estudos foram capazes de demonstrar diminuição na mortalidade em pacientes cirúrgicos, a mesma diminuição não fora encontrada em pacientes clínicos.

Essa diferença ainda não foi explicada, mas acredita-se que seja pelo fato dos pacientes clínicos possuírem mais comorbidades que contribuem para sua mortalidade. Mas, de qualquer maneira, os pacientes clínicos precisam receber a profilaxia, já que esta ainda é uma causa de morte desses pacientes internados.

Risco tromboembolismo venoso

Comparado com pacientes da comunidade, pacientes admitidos por doença aguda possuem um aumento no risco para TEV durante sua admissão e sua estadia hospitalar.

Um estudo retrospectivo foi capaz de mostrar que, quando dados foram ajustados para idade e sexo, a incidência de TEV foi mais de 130 vezes maior em pacientes hospitalizados em comparação com pacientes da comunidade, com 60% dos casos ocorrendo durante a hospitalização, alta recente ou home care.

Idade avançada e sexo masculino parecem ser fatores de risco para o desenvolvimento de TEV em pacientes hospitalizados.

População de risco

Alguns grupos de pacientes possuem um maior risco de desenvolver TEV durante a hospitalização ou pós-alta hospitalar.

Pacientes em unidade de tratamento intensivo (UTI)

Todos os pacientes admitidos em UTI possuem um alto risco para TEV, tanto nos membros superiores como inferiores, mesmo com profilaxia de rotina.

Um estudo retrospectivo com mais de 150.000 pacientes críticos demonstrou aumento da mortalidade em pacientes que demoraram de iniciar a profilaxia (nas primeiras 24 horas) em comparação com aqueles que receberam desde a admissão hospitalar, sendo este aumento da mortalidade atribuído ao atraso do início da profilaxia, dependendo do tipo da população analisa, seja ela de pacientes vítimas de traumas, sépticos, neoplásicos, ou os que sobreviveram a uma parada cardiorrespiratória.

Neoplasia: TEV é uma complicação comum em pacientes com neoplasias.

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