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Obesidade infantil: impactos, abordagem médica e mais

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Obesidade infantil: confira no artigo do Dr. André Veinert sobre como manejar um paciente obeso na pediatria!

A obesidade infantil é uma preocupação crescente de saúde pública global. Dados atualizados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, em 2016, mais de 340 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos estavam com sobrepeso ou obesidade.

A prevalência global triplicou desde 1975, refletindo mudanças significativas nos hábitos alimentares e de atividade física. Estima-se que, se as tendências atuais continuarem, cerca de 70 milhões de crianças estarão obesas até 2025.

Epidemiologia

A obesidade infantil é um fenômeno global, com prevalência crescente em países de alta e média renda, e aumento alarmante em países de baixa renda devido à urbanização e à adoção de dietas ricas em calorias e pobres em nutrientes.

A obesidade infantil está associada a um maior risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemias e doenças cardiovasculares na vida adulta.

Panorama no Brasil

No Brasil, a obesidade infantil também apresenta um quadro preocupante. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 15% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas, e aproximadamente 10% dos adolescentes apresentam obesidade.

A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) de 2019 revelou que 29% dos adolescentes de 13 a 17 anos estão com excesso de peso, enquanto 9% são obesos. Fatores como o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, sedentarismo e ambiente obesogênico contribuem para essa tendência.

Prevalência de Obesidade em Crianças e Adolescentes:
15% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas.
10% dos adolescentes apresentam obesidade.
Prevalência de Excesso de Peso e Obesidade em Adolescentes (13-17 anos):
29% dos adolescentes de 13 a 17 anos estão com excesso de peso.
9% dos adolescentes de 13 a 17 anos são obesos.

Prevalência de obesidade em crianças e adolescentes

  • 15% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas.
  • 10% dos adolescentes apresentam obesidade.

Prevalência de excesso de peso e obesidade em adolescentes (13-17 anos)

  • 29% dos adolescentes de 13 a 17 anos estão com excesso de peso
  • 9% dos adolescentes de 13 a 17 anos são obesos

Abordagem multidisciplinar

Abordagem médica

A obesidade infantil deve ser abordada de forma multidisciplinar. Em relação a terapêutica médica, é crucial entender as seguintes estratégias:

  • Prevenção primária: envolver famílias, escolas e comunidades na promoção de hábitos alimentares saudáveis e exercícios regulares desde a primeira infância
  • Diagnóstico e monitoramento: utilizar ferramentas adequadas com ajustes para a idade e o sexo, para identificar crianças e adolescentes em risco
  • Medicamentos: o tratamento medicamentoso da obesidade infantil é reservado para casos específicos, onde há falha das intervenções não farmacológicas e a presença de comorbidades graves. O uso de medicamentos deve ser cuidadosamente monitorado e individualizado, com base nas diretrizes clínicas.

Abordagem psicológica

A intervenção psicológica é crucial, pois a obesidade infantil pode estar associada a problemas de autoestima, ansiedade e depressão.

Terapias comportamentais e apoio psicológico são importantes para ajudar as crianças e suas famílias a adotar hábitos mais saudáveis.

Abordagem nutricional

A orientação nutricional deve focar na educação alimentar, promovendo uma dieta balanceada rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, e reduzindo o consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas.

O envolvimento da família é fundamental para garantir a adesão às mudanças dietéticas.

Impacto da obesidade infantil na fase adulta

A obesidade infantil é uma condição que pode levar a graves consequências ao longo da vida. Crianças com obesidade têm um risco aumentado de desenvolver várias doenças crônicas, que podem impactar significativamente sua qualidade de vida e longevidade.

A seguir, discutiremos alguns dos principais riscos e suas implicações.

Diabetes tipo 2

A obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, uma condição que antes era rara em crianças, mas agora está se tornando cada vez mais comum. O excesso de gordura corporal contribui para a resistência à insulina, o que leva a níveis elevados de glicose no sangue.

Se não tratada, a diabetes tipo 2 pode resultar em complicações graves, como doenças cardíacas, insuficiência renal e neuropatia.

Hipertensão arterial

Crianças obesas têm uma maior probabilidade de desenvolver hipertensão arterial, uma condição que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, incluindo ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

A hipertensão em crianças pode levar a danos nos vasos sanguíneos, coração e outros órgãos, aumentando a carga de doenças crônicas na vida adulta.

Dislipidemias

A obesidade infantil está frequentemente associada a níveis anormais de lipídios no sangue, como colesterol LDL elevado e colesterol HDL reduzido.

Esse perfil lipídico desfavorável é um fator de risco significativo para aterosclerose, que pode começar na infância e progredir ao longo da vida, aumentando o risco de eventos cardiovasculares.

Doenças hepáticas

A esteatose hepática não alcoólica (EHNA) é comum em crianças obesas. Esta condição, caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, pode evoluir para esteato-hepatite não alcoólica, fibrose e, eventualmente, cirrose. A EHNA é uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas em adultos.

Distúrbios ortopédicos

O excesso de peso exerce pressão adicional sobre o sistema musculoesquelético, aumentando o risco de problemas ortopédicos, como dor nas articulações, desalinhamento dos membros inferiores e doenças de crescimento, como a doença de Blount.

Esses problemas podem levar a uma mobilidade reduzida e a uma menor qualidade de vida.

Problemas respiratórios

A obesidade infantil está associada a uma maior prevalência de problemas respiratórios, incluindo apneia obstrutiva do sono e asma.

Essas condições podem resultar em sono de baixa qualidade, fadiga diurna e problemas de concentração, afetando negativamente o desempenho acadêmico e a qualidade de vida.

Problemas psicológicos e sociais

Crianças obesas muitas vezes enfrentam estigmatização, bullying e discriminação, o que pode levar a problemas de autoestima, ansiedade e depressão.

Esses problemas psicológicos podem persistir na vida adulta, contribuindo para um ciclo vicioso de ganho de peso e saúde mental deteriorada.

Implicações ao longo da vida

As implicações da obesidade infantil não tratada são vastas e complexas. A transição da obesidade infantil para a obesidade adulta é comum, perpetuando o risco de doenças crônicas e reduzindo a expectativa de vida.

Além dos impactos físicos, as consequências psicológicas e sociais podem afetar negativamente a educação, a carreira e as relações interpessoais.

Veja também:

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Referência bibliográfica

  • Organização Mundial da Saúde (OMS). Obesidade e excesso de peso.
  • Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Childhood Obesity Facts.
  • Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019.
  • Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2019: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico.
  • Journal of Pediatrics. Dietary Guidelines for the Brazilian Population.
  • National Institute of Health (NIH). Pharmacologic Treatment of Pediatric Obesity.

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