A cada ano a resistência bacteriana se torna um tema mais relevante, a medida que surgem novas cepas resistentes. Isso afeta diretamente o uso terapêutico dos medicamentos disponíveis e a resolução do caso.
Por isso, é fundamental que você conheça os mecanismos de resistência das bactérias a ação dos antibióticos. Pensando nisso, dedicamos o segundo capítulo do livro de Mapas Mentais em Antibióticos para explicar e resumir a resistência bacteriana, de onde vamos tirar as informações a seguir.
Mecanismos de Resistência Bacteriana
Os principais mecanismos de resistência são: inativação enzimática, alterações do sítio de ligação, alterações no sistema de transporte e bomba de fluxo. Vamos saber mais sobre eles!
Inativação enzimática ocorre quando bactérias emitem enzimas para inativar antimicrobianos. Penicilianses e betalactamases são alguns exemplos.
Já na alteração do sítio de ligação ocorre uma modificação do local de ação do antibiótico. Assim, como ocorre na alteração da proteína girase, por exemplo, o microrganismo se torna resistente.
Também pode haver alterações no sistema de transporte celular/porinas, com modificações qualitativas ou quantitativas nos canais de entrada de antibióticos. A situação ocorre especialmente em bactérias gram-negativas.
Por fim, há a bomba de fluxo, onde ocorre a retirada da droga de dentro da célula ativamente. Isso acontece, por exemplo, com bacilos gram-negativos resistentes as tetraciclinas.
Além da forma como se seleciona cepas resistentes, é importante entender como esses padrões se propagam.
Mecanismos de propagação
De modo geral, temos os seguintes mecanismos: mutações espontâneas, transformações, transdução, conjugação e transposição.
As mutações espontâneas ocorrem de forma aleatória e as bactérias, por meio de pressão seletiva, conseguem se proliferar. Já a transformação acontece quando uma bactéria engloba parte do DNA de outra que possui genes associados a resistência e os incorpora.
A transdução é a transferência de material genético mediada por bacteriófagos. Enquanto isso, a conjugação é a transferência plasmidial após contato entre as células ou por fímbrias sexuais.
Por fim, a transposição ocorre por meio de transpósons, com a transferência de pequenos fragmentos de DNA.
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