O fim da pandemia está próximo? Doutora em ciências explica

Fim da pandemia da covid-19 com as vacinas

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Há esperanças para alcançarmos o fim da pandemia da Covid-19 em breve. Isso se deve aos resultados promissores da aplicação da terceira dose da vacina em Israel. A doutora em ciências Camila Romano categoriza o país como um exemplo de sucesso.

O país localizado no Oriente Médio, vem apresentado uma notável queda nas taxas de internações e mortes causadas pela Covid-19. Israel tem pouco mais de nove milhões de habitantes.

Os dados de melhora estão sendo atribuídos ao avanço da campanha de vacinação.

Fim da pandemia da Covid-19: cenário em Israel

O país tinha pouco mais de 10 casos da doença por dia. Até que em julho a variante Delta mudou o cenário. Os dados apontavam um aumento de casos, chegando a mais de mil por dia.

Nesse contexto, os estudos mostraram uma queda na eficácia da vacina. Em consequência do tempo passado desde a vacinação e das variações do vírus. Então, o governo israelense optou por agir rapidamente. Uma dose de reforço da vacina começou a ser oferecida.

Atualmente, mais de dois milhões de cidadãos já tomaram a terceira dose no país. Em Israel, qualquer pessoa acima de 12 anos pode receber o reforço vacinal. Só é preciso já ter completado cinco meses da aplicação da segunda dose.

“Temos 33% da população global com ao menos uma dose da vacina, o que é muito pouco. Ainda mais se considerarmos as diferenças brutais entre países. Na América do Sul, Uruguai e Chile são os mais avançados. Israel, que começou seu programa de vacinação bem cedo, está com a terceira dose em curso. E vem observando queda no número de casos graves e óbitos em pessoas acima dos 60 anos”, explica Camila. Ela é doutora em ciências e pesquisadora do Laboratório de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da USP.

Contextualização sobre a proteção vacinal

Ainda segundo Romano, segue sendo correto afirmar que todas as vacinas são eficientes. Elas protegem de infecção grave, hospitalização e morte, com diferentes taxas, acima de 90%. Mas a proteção vacinal tem seus “vilões” pelo caminho.

De acordo com Camila Romano, a proteção tende a diminuir com o tempo após a imunização completa. E isso pode ser ainda mais crítico frente à variante Delta.

“Aparentemente, há uma queda da efetividade vacinal em locais onde a Delta se tornou predominante. E é difícil saber exatamente o quanto disso é culpa da variante ou do tempo decorrente da vacinação”, acrescenta.

A doutora em ciências aproveita para ressaltar que a diminuição da proteção não tem relação com qual vacina foi tomada.

Contexto da proteção vacinal em Israel

Em Israel, o número de casos na última semana de agosto aumentou. A quantidade está maior do que o auge da terceira onda, que foi em janeiro. Mas nota-se que a “onda pós-vacina” tem menos casos sérios e mortes. Quando acontecem eles são predominante em pessoas ainda não vacinadas.

A título de curiosidade, vale acrescentar que eles estão aplicando a vacina da Pfizer.

Ao tomar o cenário de Israel como exemplo, com a aplicação da terceira dose, podemos ter esperanças. O fim da pandemia da Covid-19 está mais próximo. A doutora acredita que podemos ter os mesmos resultados aqui no Brasil. O país iniciou recentemente a aplicação da dose de reforço.

Camila Romano está confirmada no Sanarcon 2021

A especialista é uma das atrações do maior congresso médico online do Brasil, o Sanarcon. Camila Romano vai falar exatamente sobre a necessidade do reforço da vacina contra Covid e seus desdobramentos.

O Sanarcon acontece no dia 18 de setembro. As inscrições são gratuitas e toda a programação é online. Os interessados devem acessar o site oficial do evento.

Além de Romano, estarão presentes nomes como Natalia Pasternak, José Alencar, Monja Coen e Álvaro Costa.

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