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Hemoptise: definição, etiologia e muito mais!

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Hemoptise é a expectoração de sangue originário dos pulmões ou da árvore traqueobrônquica. Na maioria dos casos, o volume de sangue expectorado é de pequena monta, sendo associado a infecções respiratórias ou bronquiectasias infectadas.

A hemoptise também pode ser uma complicação iatrogênica de procedimentos broncoscópicos em até 2 a 10% dos casos, principalmente em biópsias via broncoscopia.

Em quadros mais graves, a hemoptise pode ser definida como maciça quando a expectoração de sangue excede 200 a 600 ml em 24 horas ou quando o paciente evolui com instabilidade hemodinâmica ou insuficiência respiratória. Vale ressaltar que hemoptises acima de 100 ml em 24 horas já cursam com risco de obstrução de vias aéreas com indicação de internação hospitalar. A hemoptise leve, por sua vez, é definida como uma hemoptise de pequeno volume sem comorbidade pulmonar significativa.

SE LIGA NO CONCEITO! Hemoptoico ≠ Hemoptise. A expectoração hemoptoica refere-se a estiras de sangue no escarro. Já a hemoptise franca ocorre quando há emissão única de sangue.

Hemoptise: duplo suprimento vascular no pulmão

O sangue chega aos pulmões oriundo de dois sistemas. Um é de baixa pressão, composto pelas artérias pulmonares. O outro é de alta pressão, sendo constituído pelas artérias brônquicas. As artérias pulmonares representam cerca de 99% do suprimento sanguíneo dos pulmões.

Elas saem do ventrículo direito em um circuito de pressão diminuída e raramente são a causa da hemoptise. As artérias brônquicas, por sua vez, originam-se das artérias intercaladas e transportam o sangue sob um regime de alta pressão sistêmica para as vias aéreas, hilo pulmonar e pleura visceral.

Apesar de a circulação brônquica representar apenas 1 a 2% do abastecimento sanguíneo pulmonar, alterações de sua circulação são uma causa frequente de hemoptise. A pressão na circulação brônquica pode aumentar drasticamente sob condições de inflamação crônica, como nas bronquiectasias, principalmente se houver infecção associada.

Etiologia da Hemoptise

As hemoptises leves tipicamente originam-se de capilares traqueobrônquicos que sofrem ruptura por tosse vigorosa em infecções leves. A hemoptise maciça, por sua vez, origina-se em geral de rupturas das artérias brônquicas ou pulmonares.

Assim, quase todas as hemoptises têm em comum o fato de se originarem de ruptura de capilares ou de vasos traqueobrônquicos, de vias aéreas de menor calibre ou de parênquima pulmonar, com tipos de injúria que podem envolver inflamação aguda ou crônica.

As causas de hemoptise podem ser classificadas anatomicamente, com a hemoptise podendo se originar das vias aéreas, como acontece na DPOC, no carcinoma pulmonar ou nas bronquiectasias. Pode se originar da vasculatura pulmonar, como na insuficiência cardíaca, estenose mitral, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar e malformações arteriovenosas.

E pode ainda ocorrer devido a alterações no parênquima pulmonar, como acontece nas pneumonias, granulomatose de Wegener, inalação de crack, cocaína ou outras substâncias. A hemorragia alveolar difusa é outra etiologia possível de hemoptise, que ocorre secundariamente à hemorragia de pequenos vasos causada por distúrbios hematológicos (discrasia sanguínea) ou autoimunes e raramente causados por warfarina.

SE LIGA NO CONCEITO! DPOC ou doença pulmonar obstrutiva crônica é uma patologia característica de obstrução fixa da via aérea causada por enfisema, bronquite crônica ou ambos.

A maioria dos casos de hemoptise é secundária a infecção, como em bronquiectasia aguda, pneumonia e tuberculose. Outras causas relevantes são doenças pulmonares inflamatórias e neoplasia pulmonar.

A tuberculose pode cursar com hemoptise por lesão inflamatória de bronquíolos, por formação de aneurisma de Rasmussen, que ocorre dentro das cavitações, e por sequelas pulmonares, como bronquiectasias. Os pacientes com tuberculose podem ainda ter complicações associadas, como infecções fúngicas.

As neoplasias pulmonares têm incidência aumentada com a idade e podem, em 7 a 10% dos casos, cursar com hemoptise como primeira manifestação. Tumores centrais são os mais frequentemente associados com hemoptise maciça. Neoplasias benignas, como o tumor carcinoide brônquico, também podem ser causa de hemoptise, pois são lesões hipervascularizadas.

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