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Ginecomastia: classificação, diagnóstico, tratamento e mais - Sanar Medicina

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A ginecomastia é o aumento mamário em homens. Desencadeada pela proliferação glandular e depósitos de gordura. E é uma condição benigna. Alguns pacientes com ginecomastia apresentam reflexos negativos em sua auto confiança, desencadeando um comportamento psicológico angustiante.

Epidemiologia / fator de risco: 

  • Pode ocorrer em todas as idades.
  • Afeta 1/3 da população masculina.
  • Uni ou Bilateral
  • 30% – 60% desenvolvem a ginecomastia na adolescência.
  • Correlação do aumento da ginecomastia com o uso de anabolizantes esteroides. ou contaminação com substâncias semelhantes ao estrogênio.
  • Doença multifatorial.

Fisiopatologia:

Tecido mamário masculino — receptores proteicos (estrogênio
e androgênios) — Desequilíbrio hormonal – Ginecomastia

  • Estrogênios:
    Estimula a proliferação dos ductos
    mamários.
  • Androgênios: Inibe a proliferação dos ductos
    mamários.

Uma das causas desse desequilíbrio pode ser:

  1. Desequilíbrio
    estrogênio/ andrógeno – aumento dos níveis de estrógeno livre (secretado pelo
    testículo ou pelas suprarrenais) — o que desencadeia a um deslocamento de mais
    estrogênio do que andrógeno de globulina de ligação ao hormônio sexual (SHBG).
  2. Desequilíbrio
    estrogênio/ andrógeno — diminuição dos níveis da produção de andrógenos nos
    testículos — aumento da ligação de andrógenos pelo SHBG.

Nos homens, encontram-se os seguintes hormônios:

  • Testosterona
    circulante: 95%.
  • Estradiol:
    15%.

Em homens normais a concentração de estrógenos encontra-se baixa, o mesmo não ocorre em pacientes com ginecomastia. O estrógeno é formado pela conversão periférica do androsterona e testosterona.

 Etiologia:

  • Fisiológica
  • Idiopática
  • Cirrose
  • Hipogonadismo primário
  • Tumor testicular
  • Hipogonadismo secundário
  • Hipertireoidismo
  • Doença renal

Diagnóstico de ginecomastia:

É necessário saber diferenciar se é uma ginecomastia
verdadeiro, pseudoginecomastia ou tumores, realiza-se, então:

  1. Inspeção
    estática e dinâmica
  2. Palpação

Quando se depara com uma ginecomastia verdadeira encontra-se:

  • Tecido
    firme
  • Tecido
    concêntrico com o complexo mamilo-areolar
  • Bilateral
    (metade dos pacientes)

No pseudoginecomastia:

  • Não
    apresenta resistência
  • Não
    é observado tecido firme

No carcinoma (realizar biópsia):

  • Massa
    irregular, dura e unilateral
  • Aspecto
    de casca de laranja
  • Linfonodomegalia
    axilar
  • Ecografia:
  • Massas
    hipoecóica retroareolar, com profundidade anteroposterior aumentado no mamilo.
  • Investigação
    do fator etiológico:
  • Testes
    laboratoriais: Testosterona, Estradiol, HCG, LH, FSH, Prolactina, T3, T4 e TSH.
  • USG
    nas glândulas suprarrenais e testículos.

Classificação da ginecomastia por gravidade:

A classificação da ginecomastia baseia-se na classificação
de Córdoba e Maschella: posição de pé e são dispostas em 4 graus.

  • Grau
    I:
    Aumento do diâmetro e ligeira
    protrusão limitada à região areolar.
  • Grau
    II:
    Hipertrofia moderada de todos os
    componentes estruturais da mama, com o complexo mamilo – aréola acima da dobra infra
    mamária.
  • Grau
    III:
    Maior hipertrofia mamária, ptose
    glandular e o complexo mamilo – aréola na mesma altura ou até 1 cm abaixo da
    dobra infra- mamária.
  • Grau
    IV:
    Maior hipertrofia mamária, com
    redundância da pele, ptose grave e o complexo mamária aréola (NAC) posicionados
    em mais de 1 cm abaixo da dobra infra mamária.

Tratamento da ginecomastia:

Medidas gerais:

  • Ginecomastia
    leve:
    Dieta e
    exercício físico.
  • Ginecomastia
    grave (associado a dor, sofrimento psicológico ou constrangimento, abre-se mão
    de opções farmacológicas):
  • Danazol:
    droga antigonadotrópica. Atua para contrabalancear os efeitos estimulatórios de
    estrógenos. Dose diária: 200-600 mg.
  • Tamoxifeno
    (40 mg/ dia por 2-4 meses) e Raloxifeno: moduladores seletivos do receptor de
    estrogênio. Alcança 80% dos casos apresenta regressão completa.

Medidas cirúrgicas:

É a opção para restaurar contornos torácicos normais,
eliminar a dobra infra – mamária, corrigir a posição do NAC, remover a pele
redundante.

  • Grau
    I:
    Adenectomia mamária realizada por
    uma incisão periareolar inferior semicircular. Lipoaspiração não é necessária.
  • Grau
    II:
    Lipoplastia a vácuo e deve ser
    seguido por adenectomia mamária por meio de uma incisão periareolar.
  • Grau
    III:
    Lipoaspiração e é seguida por
    excisão glandular com remoção periareolar do tecido.
  • Grau
    IV:
    Remoção da glândula e pele. Achata
    o contorno da pele.

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