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Roteiro do exame físico geral

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Confira um artigo com orientações sobre como funciona o exame físico e sugestões de um roteiro a seguir na rotina médica.

O exame físico é fundamental para testar as hipóteses diagnósticas levantadas durante a anamnese. Com esse exame, é possível coletar dados objetivos sobre a condição do paciente bem como identificar sinais clínicos de doenças, monitorar o progresso do tratamento e orientar decisões clínicas.

O objetivo deste artigo é trazer as principais informações sobre o tema e oferecer uma espécie de roteiro do exame físico.

Relembre o conceito de anamnese

A anamnese é uma entrevista clínica. Portanto, é o primeiro contato com paciente para entender o motivo da consulta e evolução do caso. Dessa forma, inclui identificação, história da doença atual, antecedentes pessoais, antecedentes familiares, hábitos de vida e interrogatório sobre diversos aparelhos.

Informações introdutórias sobre exame físico geral

O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico, ele complementa a anamnese e além disso, fornece uma visão do paciente como um todo e não centrada em cada órgão. É uma parte muito importante da semiologia, mas muitas vezes é passado despercebido.

Preparação para o exame

Para a execução adequada, é fundamental manter o paciente confortável, ele pode estar acompanhado e o local deve ser adequado e iluminado.

Antes de tocar o paciente deve-se: higienizar as mãos, se apresentar (geralmente, feito na anamnese) e pedir permissão.

É preciso escolher a melhor posição de examinar, geralmente é à direita do paciente. As posições do paciente são sentada, ortostatismo (em pé) e decúbitos (dorsal, laterais direita e esquerda).

Roteiro do exame físico

Esse exame conta com as etapas de inspeção, palpação, percussão e ausculta; para realizar, o médico precisa usar seus sentidos e às vezes instrumentos auxiliares simples. O exame começa quando o paciente entra no consultório médico. Confira um breve resumo sobre as etapas:

  • Inspeção: observação cuidadosa do paciente para detectar anormalidades visíveis.
  • Palpação: uso das mãos para sentir órgãos, tecidos e estruturas corporais.
  • Percussão: assim, deve-se bater levemente em partes do corpo para avaliar sons que indicam a presença de líquido, ar ou massa sólida.
  • Auscultação: uso do estetoscópio para ouvir sons corporais, como batimentos cardíacos e sons pulmonares.

Para conduzir o exame, é importante seguir uma sequência lógica (por exemplo, cabeça aos pés). Isso vai ajudar a garantir que nenhuma parte do exame seja omitida.

Além disso, é importante explicar cada parte do exame ao paciente para garantir que ele esteja confortável e entendendo o que está sendo feito.

O que avaliar no exame físico?

Em uma avaliação mais geral, é preciso fazer a aferição dos sinais vitais e uma avaliação geral do paciente (estado nutricional, nível de consciência bem como sinais de desconforto ou dor).

O exame também pode ser conduzido de forma mais específica por sistema. Exemplo:

  • Sistema Cardiovascular: Inspeção de jugulares, palpação de pulsos bem como ausculta de sons cardíacos.
  • Respiratório: Inspeção de tórax, ausculta de sons respiratórios.
  • Sistema Gastrointestinal: Inspeção do abdome, palpação de órgãos bem como a ausculta de ruídos intestinais.
  • Neurológico: Avaliação de estado mental, força muscular, reflexos, coordenação e sensibilidade.
  • Sistema Musculoesquelético: Inspeção e palpação de articulações e músculos, avaliação de amplitude de movimento.

O que fazer após a avaliação?

É importante registrar todos os achados de maneira detalhada e sistemática, descrevendo portanto normalidades e anormalidades observadas.

Dessa forma, com a devida documentação, use os achados do exame físico em conjunto com a história clínica e outros exames complementares para formular diagnósticos diferenciais e planos de tratamento.

Exemplo de descrição do exame físico geral normal

Dessa forma, descreve-se como NORMAL: paciente BEG (bom estado geral), vígil, orientado no tempo e espaço, ativo no leito, sem decúbito preferencial, fáceis atípica, normocorado, acianótico, anictérico, perfundido, hidratado, nutrido, sem linfonodomegalias, pulsos presentes e simétricos.

MMII (membros inferiores) – pulsos presentes e simétricos, perfundido, sem sinais de TVP e livre de edemas.

Roteiro do exame físico geral: informações para conduzir

Medidas antropométricas

  • Peso, circunferência abdominal: IMC, FC (55 a 100), FR (16 a 20)
  • Temperatura: 35,5 a 37

Estado geral

Avaliação subjetiva

  • Bom
  • Regular
  • Ruim

Nível de consciência

O nível de consciência é a capacidade de responder a estímulos voluntaria e conscientemente.

  • Vigil: Apresenta abertura ocular espontânea, estado alerta e responsivo.
  • Obnubilado – alterado
  • Comatoso
    • Grau I
    • Grau II
    • Grau III
    • Grau IV

Avaliação de paciente traumático pela escala de Glasgow

Resultado de imagem para classificação de coma pelo glasgow
Fonte: Sanar Med

Orientação no tempo e espaço

Avaliar se o paciente consegue reconhecer dados da realidade e de si mesmo. A orientação pode ser relacionada a tempo (dia, mês, ano, hora do dia), espaço (onde está agora, em que cidade) e pessoa (quem ele é, como se chama).

Classificação Linguagem

  • Disfonia (alteração na voz);
  • Dislalia (troca letra – cebolinha);
  • Disartria (voz pesada do AVC, arrastada);
  • Disfasia (relacionado a construção da fala, incapacidade de dispor palavras);
  • Disgrafia (escrita);
  • Dislexia (dificuldade leitura/aprendizagem).

Atividade no leito

  • Ativo;
  • Pouco ativo;
  • Inativo.

Decúbito preferencial

  • Ausente;
  • Presente.
    • Decúbito dorsal;
    • Decúbito lateral;
    • Decúbito ventral.

Fácies

  • Atípica (quando normal);
  • Hipocrática;
  • Mixedematosa;
  • Cushingoie;
  • Renal;
  • Outras (características de doenças/síndromes específicas).

Pele, fâneros e mucosas

  • Coloração
    • Normocorado;
    • Hipocorado;
    • Hipercorado;
  • Icterícia (esclera, frênulo lingual, pele);
  • Cianose (hipocratismo digital);
  • Lesões elementares;
  • Rarefação pilosa.

Perfusão tissular periférica das mãos

A perfusão tissular periférica das mãos consiste em comprimir a polpa do dedo contra a unha até esta ficar branca e libertar a pressão. A coloração deve voltar normalmente em 2 segundos.

  • Normal;
  • Reduzida.

Estado de hidratação

Avalia mucosas, elasticidade e turgor.

  • Hidratado;
  • Desidratado (graduado de + a 4+).

Estado de nutrição

Verificar peso, altura, IMC e perda de peso.

  • Nutrido (para avaliação desse parâmetro é importante a associação da anamnese com os dados antropométricos);
  • Desnutrido.

Palpação dos linfonodos

Linfonodo palpável pode ser foco de alguma infecção, é um sinal de alerta.

  • Suboccipital;
  • Póstero-auricular;
  • Ântero-auricular;
  • Submandibular;
  • Submentual;
  • Cervical posterior;
  • Cervical anterior;
  • Supraclavicular;
  • Infraclavicular;
  • Axilar.

Sinais vitais

Pulsos

  • Carotídeo;
  • Braquial;
  • Radial;
    • Presente? Simétrico?
    • Amplitude preservada?

Frequência cardíaca

  • Normal;
  • Taquicardia;
  • Bradicardia.

Frequência respiratória

  • Eupneia;
  • Bradipneia;
  • Taquipneia;
  • Apneia.

Biotipo

  • Normolíneo;
  • Brevilíneo;
  • Longilíneo.

Exames mais específicos

Exame Membros inferiores

Sinais vitais

  • Pulsos (avaliar se são presente, simétricos e com frequência regular);
  • Poplíteo;
  • Tibial;
  • Pedioso.

Perfusão tissular dos pés

A Perfusão tissular dos pés consiste em comprimir a polpa do dedo contra a unha até esta ficar branca e libertar a pressão. A coloração deve voltar normalmente em 2 segundos.

  • Normal;
  • Diminuída.

Trombose venosa profunda

  • Empastamento das panturrilhas;
  • Sinal de Homans: dor à dorsoflexão forçada do pé.

Edema

  • Cacifo ou sinal de Godet;
    • Localização;
    • Sensibilidade;
    • Tamanho;
    • Simetria;
    • Consistência;
    • Temperatura.

Exames da tireoide

  • Localização de frente para o paciente;
  • Localização proeminência laríngea, cartilagem tireoide, cartilagem cricoidea, membrana cricotireoide, istmo da glândula tireoide.

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Sugestão de leitura complementar

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Referencias do artigo

  • Bates – Propedêutica Médica – Lynn S. Bickley. 11ª Edição. 2015. Editora Guanabara Koogan.
  • Semiologia Médica – Celmo Celeno Porto – 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.
  • Semiologia Médica – Mario López, José Laurentys Medeiros –5ª Edição. 2009. Editora Atheneu.

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