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Tudo que você precisa saber sobre ECG em Fibrilação Atrial

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ECG em fibrilação atrial: fique por dentro tudo que você precisa saber!

A fibrilação atrial é a arritmia sustentada mais comum da prática clínica e está associada à morbidade substancial e mortalidade, pressagiando, assim, uma carga significativa para os pacientes, saúde social e economia da saúde.

Epidemiologia da fibrilação atrial

A prevalência atualmente estimada de FA em adultos está entre 2% e 4%, e um aumento de 2 a 3 vezes é esperado. Isso ocorre devido à extensa longevidade na população em geral e intensificação da busca por casos não diagnosticados de FA.

Segundo a Sociedade brasileira de arritmias, no Brasil, haverá um aumento de 5-10%, sobretudo em indivíduos na faixa dos 75 anos, em virtude do envelhecimento.

Classificação da fibrilação atrial

A classificação da fibrilação atrial se inicia com a distinção de um primeiro episódio detectável, independentemente de ser sintomático ou autolimitado. Assim, podemos classificar a FA como:

  • Paroxística: episódios de FA que terminam espontaneamente em 7 dias (a maioria dos episódios dura menos de 24 horas);
  • Persistente: episódios de FA que duram mais de 7 dias e podem exigir intervenção farmacológica ou elétrica para terminar;
  • Persistente de longa data: FA que persiste por mais de 12 meses, seja porque a cardioversão falhou ou porque a cardioversão não foi tentada;
  • Permanente: quando o paciente e o médico decidem abortar quaisquer estratégias de restauração adicionais após a tomada de decisão clínica compartilhada.

Termos como “fibrilação atrial isolada”, por exemplo, devem ser abandonados, por serem potenciais confundidores. Além disso, também não deve ser usado o termo “FA crônica”.

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Diagnóstico eletrocardiográfico

Como na FA ocorre uma ativação atrial irregular a uma taxa de 350-700bpm com condução irregular através do nó atrioventricular (AV), então ela aparece no ECG como taquicardia de complexo estreito “irregularmente irregular”.

As ondas fibrilatórias (f) podem ser evidentes ou ausentes. A menos que o coração esteja sob estimulação simpática ou parassimpática excessiva, a frequência ventricular está geralmente entre 80 e 180 bpm, como é possível ver nas imagens abaixo:

O QRS é, comumente, da mesma largura do que se estivesse em ritmo sinusal. Entretanto, com uma anormalidade no sistema de condução intraventricular, os complexos QRS podem se tornar largos.

Ondas F

As ondas f podem ter várias conformações. Assim, desde a forma grosseira (FA coarse ou FA de “onda grossa”), alternando várias vezes a sua morfologia, até a forma de FA com “onda fina”, que pode traduzir a presença de um átrio doente com dilatação, fibrose e uso de digoxina.

Mas é importante lembrar que, embora a arritmia possa ocorrer em átrios normais, a doença geralmente é progressiva, inicialmente alternando entre ritmo sinusal e FA e, com o passar dos anos, tende a assumir o ritmo permanente de FA.

A FA de “onda grossa” pode confundir alguns leitores com o flutter atrial. Então, aqui estão os critérios que diferenciam as duas entidades:

  • (a) a variação de morfologia e de frequência das “f” é característica da atividade desorganizada da FA e é raramente vista no FLA;
  • (b) a frequência das F acima de 350 por minuto fala a favor de FA;
  • (c) o ritmo dos complexos QRS não ajuda a diferenciar FA de FLA, pois ambos podem ser irregulares (Figura 4).

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Referências

  1. Benjamin EJ, Muntner P, Alonso A, Bittencourt MS, Callaway CW, Carson AP, et al. Heart Disease and Stroke Statistics-2019 Update: A Report From the American Heart Association. Circulation. 2019 Mar;139(10):e56–528.
  2. Chugh SS, Havmoeller R, Narayanan K, Singh D, Rienstra M, Benjamin EJ, et al. Worldwide epidemiology of atrial fibrillation: A global burden of disease 2010 study. Circulation. 2014;129(8):837–47.
  3. Hindricks G, Potpara T, Dagres N, Arbelo E, Bax JJ, Blomström-Lundqvist C, et al. 2020 ESC Guidelines for the diagnosis and management of atrial fibrillation  developed in collaboration with the European Association of Cardio-Thoracic Surgery (EACTS). Eur Heart J. 2020 Aug;
  4. Alencar Neto JN de. Manual de ECG. Sanar; 2019.

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