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Compulsão alimentar: qual o impacto dessa doença?

pessoa com compulsao alimentar

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Confira o artigo da Dra. Maitê Dahdal sobre compulsão alimentar,  transtorno cada vez mais recorrente na rotina de atendimentos. 

Noto que cada vez está sendo mais comum chegar para mim, médica de família atuante na atenção primária à saúde, casos de transtornos alimentares, em especial casos de compulsão alimentar. Antes podíamos pensar que era uma doença de especialidades focais, mas talvez o cenário já não seja mais esse.

Quais são os motivos que explicariam isso? Na Atenção primária à saúde (APS) temos a capacidade de identificar pessoas em risco de desenvolver esse transtorno, assim como investigar de forma precoce e instituir tratamento multiprofissional. A depender, em alguns casos, é necessário um matriciamento ou acompanhamento conjunto com especialidade focal, mas saibam que na APS temos muito o que fazer pela compulsão. Vamos discutir isso? 

A APS é a linha de frente da saúde, o primeiro contato entre paciente e sistema de saúde. A atuação preventiva assume papel de destaque e aqui incluímos prevenção de inúmeras doenças. Para o profissional de medicina atuante neste serviço, é necessário se adaptar a cada novo desafio que vem aumentando epidemiologicamente, como é o caso da compulsão alimentar.

Esse distúrbio pode afetar qualquer pessoa. No entanto, sua incidência é mais pronunciada entre mulheres adolescentes, adultas jovens e diversidade de gênero. Estimativas revelam que nos Estados Unidos, aproximadamente 1,25% da população é afetada, enquanto no Brasil, esse número atinge 4,7%. 

Essa disparidade demográfica destaca a importância de uma compreensão abrangente e inclusiva ao abordar esse desafio complexo, incluindo um olhar cauteloso à nossa cultura, nosso território e nossa realidade.

Por que discutir compulsão alimentar nas consultas da APS?

Na promoção da saúde, discutir a compulsão alimentar é imperativo. Ao explorar esse distúrbio nas consultas regulares, revelamos a importância  de abordagens precoces, preventivas e terapêuticas multiprofissionais.

Intervenções precoces impactam positivamente a qualidade de vida e reduzem a carga nos sistemas de saúde a longo prazo, uma vez que é uma doença que pode evoluir e ainda trazer complicações. 

Na Atenção Primária à Saúde, possuímos o potencial de transcender de maneira intersetorial, incorporando inclusive as escolas na prevenção, detecção e promoção de uma cultura saudável no que tange ao comportamento alimentar.

Diagnóstico e classificação integrados: uma abordagem holística

Na prática clínica, o diagnóstico da compulsão alimentar na APS deve ser feito com uma abordagem integrada. É preciso considerar a história do paciente, suas preocupações emocionais, avaliar seu ambiente social e fazer classificação da gravidade dos episódios, para conseguir orientar a intensidade das intervenções.

Tratamento e prevenção da compulsão alimentar

A abordagem terapêutica envolve  tratamentos farmacológicos, os quais alguns estão disponíveis no SUS e também a psicoterapia, com ênfase na terapia cognitivo-comportamental. 

Incluir educação em saúde sobre alimentação e padrões alimentares durante as consultas regulares é uma estratégia eficaz de prevenção.

A compulsão alimentar, quando tratada precocemente, apresenta um prognóstico mais positivo. Apesar de ser uma condição crônica, a duração pode ser significativamente reduzida, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos pacientes atendidos nesse nível de cuidado.

Reforçando a importância de discutir este tema

Ao contextualizar a compulsão alimentar, enfatizamos não apenas a necessidade de compreensão e tratamento, mas também a capacidade transformadora da prevenção e intervenção precoce. 

Vale reforçar que abordar essa questão sensível durante as consultas regulares reflete o compromisso com a saúde integral dos pacientes. Além disso, contribui para uma comunidade mais saudável a longo prazo.

Autoria do artigo

Dra. Maitê Dahdal, médica de família e comunidade
CRM-SP 192730
RQE Medicina de Família e Comunidade 93794

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Referências

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