Os casos clínicos são um importante recurso para médicos colocarem em prática conhecimentos adquiridos em teoria, algo fundamental para a atividade médica. Além disso, esse tipo de conteúdo auxilia o médico a desenvolver seu raciocínio clínico e, principalmente, aumenta sua capacidade de fazer diagnósticos diferenciais.
Ao mesmo tempo, os casos clínicos são uma oportunidade para rever temas das diversas especialidades da Medicina, e vale tanto para estudantes quanto para residentes e profissionais que já atuam há anos no mercado.
Para auxiliar profissionais médicos, a Sanar traz para você 25 Casos Clínicos elaborados pela nossa Comunidade de Ligas Acadêmicas, que dedicou-se a elaborar casos nas mais diferentes especialidades, para abranger uma série de áreas médicas. Acesse cada uma delas a partir dos títulos abaixo.
No canal Sanar Medicina no Telegram, você confere mais detalhes de vários casos clínicos, além de participar de quizzes e enquetes para testar os seus conhecimentos.
Caso Clínico: Dispepsia Funcional
Identificação do paciente
P.S.A., 62 anos, sexo feminino, negra (autodeclarada), empregada doméstica, casada, natural e procedente de Salvador, negro, católica e heterossexual. Paciente como informante e bom grau de informação.
Queixa principal
Sensação de estômago cheio após pequenas refeições há 10 meses.
História da doença Atual (HDA)
Paciente refere saciedade precoce há 10 meses, não conseguindo terminar algumas refeições, relatando que muitas vezes só consegue ingerir metade da porção que costumava comer habitualmente. Diz que no início dos sintomas esses incidentes ocorriam em média 2 vezes na semana, no entanto há 6 meses houve uma intensificação do quadro com o aumento dos episódios de saciedade precoce para em média 4 vezes na semana. Associado a isso, paciente também refere sensação de plenitude pós-prandial, náuseas e eventualmente dor em queimação no epigástrio, de intensidade 4 em 10 e sem irradiação. Refere melhora dos sintomas ao ficar em jejum e piora ao se alimentar. Informa ter perdido bastante peso nesses últimos meses por conta da dificuldade de realizar as refeições, mas não sabe mensurar quanto. Nega ter feito uso de medicamentos para alívio de sintomas e ter procurado outros serviços de saúde.
Caso Clínico: Insuficiência Cardíaca
Identificação do paciente
Nome: A.A.P.
Idade: 73 anos.
Data de nascimento: 12/03/1948.
Sexo: Masculino.
Naturalidade: Não consta em prontuário.
Nacionalidade: Brasileiro.
Ocupação: Do lar.
Estado Civil: Solteiro.
Queixa principal
Dificuldade para andar de bicicleta e subir escada.
História da doença Atual (HDA)
Paciente, sexo masculino, em uma consulta na Unidade Básica de Saúde relata cansaço há 3 dias acompanhado de dispneia, que piora com esforço e melhora ao repouso. Além disso, relata dispneia paroxística noturna. Nega dor precordial, nega febre, nega tontura, nega tabagismo e nega etilismo.
Caso Clínico: Diabetes Mellitus
Identificação do paciente
C.A.S., 14 anos, sexo masculino, pardo, solteiro, natural de Belo Horizonte/MG. Atualmente, reside em Alfenas/MG com seus pais e sua irmã. Eles se mudaram devido à transferência do emprego do pai para a cidade de Alfenas. O paciente está cursando o último ano do ensino fundamental.
Queixa principal
O paciente apresentou um quadro de poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso que teve início há cerca de 3 meses aproximadamente.
História da Doença Atual (HDA)
Paciente relata poliúria, polidipsia e perda de peso de cerca de 8 kg nos últimos 3 meses. A mãe relata que os sintomas apareceram de maneira súbita – o paciente era um adolescente saudável antes do quadro atual; quase não buscava atendimento na UBS. Além disso, ela notou que o filho estava ingerindo muito mais água do que tinha o costume de ingerir no dia-a-dia, além de observar suas idas mais frequentes ao banheiro. A mãe relata também um emagrecimento acentuado do paciente, que não está associado à inapetência – na verdade, relata que o filho estava comendo de maneira excessiva (polifagia).
Ademais, a mãe percebeu que o filho tem ficado mais letárgico, o que a preocupou devido à queda do rendimento na escola. Além disso, o paciente relata uma falta de ânimo para realizar atividades físicas, o que contrasta com a alta disposição que ele dispunha para realizá-las antes do aparecimento dos sintomas. Paciente ratifica os relatos da mãe. Ambos negam presença de sintomas febris no paciente.
Devido ao aparecimento dos sintomas anteriormente comentados, há cerca de 3 semanas a mãe do paciente resolveu procurar a UBS de seu bairro. Após realizar a consulta, a Dra. Juliana solicitou hemograma completo, dosagem da glicemia sérica em jejum, glicemia 2 horas após teste de tolerância oral à glicose e exame parasitológico de fezes.
Caso Clínico: Miomatose Uterina
Apresentação do caso clínico
Mulher, 40 anos, negra, casada, professora, procedente e residente em Vassouras, Rio de Janeiro, procurou ambulatório de ginecologia com queixas de sangramento uterino anormal e fadiga. Paciente relata que há 3 anos percebeu um aumento progressivo do volume abdominal e que por volta de 1 ano atrás, logo depois de um aborto espontâneo, notou aumento do volume menstrual, com aumento da quantidade de absorventes usados por dia, acompanhado de dismenorreia leve, sem necessidade de medicamento analgésico. Há 6 meses notou piora do quadro, com metrorragia e dismenorreia intensa, fazendo uso frequente de dipirona 500mg para alívio. Além disso, a paciente relata fadiga e dispneia aos esforços nos últimos meses.
Menarca aos 11 anos, G2P1A1, cesárea feita há 7 anos, usa camisinha como método contraceptivo. Nega doenças prévias, alergias, tabagismo e etilismo. Relata que a mãe foi submetida à histerectomia aos 42 anos, mas não soube informar o motivo. Demais membros da família hígidos.
Caso Clínico: Pré-eclâmpsia Grave
Apresentação do caso clínico
Gestante de 29 semanas e 04 dias pela ultrassonografia realizada no primeiro trimestre, 17 anos, negra, estudante, procedente e residente em Vassouras, Rio de Janeiro, procurou ambulatório de obstetrícia encaminhada pela estratégia de saúde da família devido à pressão arterial elevada (160 x 100 mmHg e 140 x 90 mmHg) em duas consultas de pré-natal e epigastralgia há 10 dias. Paciente primigesta (G1 P0 A0), com USG realizado com 10 semanas, evidenciando gestação gemelar. Nega doenças prévias e alergias. Todavia, relata que a mãe teve diagnóstico de eclâmpsia em sua última gestação há 12 anos, demais membros da família hígidos.
Casos Clínicos: Rotura de Vasa Prévia
Apresentação do caso clínico
H.C.B, gestante, 26 anos, bancária, natural e procedente de Vassouras, Rio de Janeiro, com idade gestacional de 37 semanas, procurou o pronto atendimento obstétrico em franco trabalho de parto. Tercigesta (G3 P2 A0), com 2 partos vaginais prévios e acompanhamento pré-natal sem intercorrências. Engravidou através de fertilização in vitro por laqueadura tubária após a segunda gestação. Nega comorbidades, medicações de uso contínuo ou alergias.
Exame obstétrico: altura de fundo uterino = 32cm; dinâmica uterina = 5 contrações de 60 segundos em 10 minutos; dilatação total; apresentação cefálica, no plano 0 de De Lee; bolsa íntegra. Após 10 minutos nesta condição, ocorre a amniorrexe espontânea, que culmina em sangramento de grande quantidade por via vaginal e bradicardia fetal (FCF = 40 bpm).
Caso Clínico: Rotura Uterina
Apresentação do caso clínico
J.P.M, gestante, 32 anos, professora, natural e procedente de Vassouras, Rio de Janeiro, com idade gestacional de 38 semanas, é encaminhada à maternidade para indução do parto devido a oligoâmnio. É tercigesta (G3 P2 A0), com duas cesáreas prévias e pré-natal sem intercorrências. Nega doenças prévias, medicações de uso contínuo ou alergias.
Ao exame obstétrico: altura uterina = 30cm, dinâmica uterina de 2 contrações de 30 segundos em 10 minutos e, ao toque vaginal, colo do útero médio, centralizado, dilatado 2cm, com apagamento de 20%. Apresentação fetal em – 2 de De Lee. Foi realizado o preparo do colo com sonda de Foley, seguido da administração de ocitocina, quando a dilatação então evoluiu para total em quatro horas. Nesse momento, já com a apresentação fetal em +2 de De Lee, a paciente foi colocada em posição ginecológica e solicitou-se que realizasse puxos.
Após dez minutos nessa condição, a gestante evoluiu com dor aguda e intensa, parada súbita da contratilidade uterina e sangramento vaginal importante, além de bradicardia fetal (FCF = 50 bpm). Ao toque vaginal, a apresentação fetal estava em +1 de De Lee.
Caso clínico: Hidrocefalia de Pressão Normal
Identificação do paciente
Paciente do sexo masculino, 63 anos, pardo, advogado, casado, católico, procedente e residente de Campo Grande.
Queixa principal
Esquecimentos recorrentes e progressivos há cerca de 2 anos
História da Doença Atual
Paciente procurou o ambulatório de neurologia com queixa de esquecimentos recorrentes e progressivos como, por exemplo, deixar o fogão aceso, não lembrar onde deixou a chave e esquecer de pagar algumas contas, que começaram há cerca de 2 anos. Relata também estar com dificuldade para andar há 4 anos, pois parece que seus pés estão grudados no chão. Há cerca de 6 meses não consegue chegar ao banheiro antes de urinar.
Caso Clínico: Tamponamento Cardíaco
Identificação do paciente
Local: UNIFACS, 20/03/2021, 14:30.
L.B.E, 33 anos, sexo masculino, natural e procedente de Salvador-BA , branco, casado, heterossexual, católico, médico.
Informante: esposa.
Grau de informação: bom/regular.
Queixa principal
Acidente de carro há 2 horas.
História da doença Atual (HDA)
Paciente trazido pelo serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) com relato de acidente automobilístico com impacto frontal entre dois veículos em movimento há cerca de 2 horas. Paciente não estava com cinto de segurança e carro não possui airbag, não houve morte na cena. Além disso, foto do carro evidencia possível mecânica do trauma, onde paciente foi projetado contra para-brisa formando o sinal do “olho de boi”. Paciente se encontra com rebaixamento do nível de consciência devido ao trauma em crânio e cervical.
Caso Clínico: Insuficiência Cardíaca
Identificação do paciente
B.D.T., 56 anos, sexo masculino, negro, casado, natural e procedente de Cruz das Almas, trabalha na construção civil, católico. Informante: paciente. Grau de informação: bom.
Queixa principal
Falta de ar há 1 ano, com piora há 1 mês.
História da doença Atual (HDA)
O paciente refere que, há 1 ano, começou a cursar com dispneia aos grandes esforços. Tal sintoma se acentuou ao longo dos meses, passando a ocorrer aos médios esforços com dificuldades para subir as escadas de casa e, há 1 mês, ao repouso. Além disso, comenta que não tolera o decúbito dorsal, e que “permanece na posição sentada para conseguir respirar” (sic), sentindo piora considerável da dispneia quando se deita. Ademais, refere surgimento e piora gradativa de tosse seca há 4 meses, a qual se acentua no final da tarde e noite.
Caso Clínico: Anemia Falciforme
Identificação do paciente
L.S.H, sexo feminino, 30 anos, casada, negra e natural de Salvador, atualmente exerce função de doméstica. Paciente comparece na UPA.
Queixa principal
Dor nas pernas há 2 horas.
História da doença Atual (HDA)
A paciente refere que há 2 horas começou a apresentar fortes dores em MMII, 8/10, sem irradiação, sem melhora com utilização de analgésico e, no momento da consulta, região lombar também estava dolorida. Além disso, refere que há 1 dia sente fadiga, indisposição e notou a presença de edema doloroso em tornozelo. Ademais, relata também já ter observado inúmeros outros episódios de dores nas pernas no último ano, que as vezes cursavam com inchaço local.
Caso Clínico: Uso da Escala NIHSS em Paciente com AVE
Identificação do paciente
P.S., 69 anos, pardo, sexo masculino, casado, católico, aposentado, procedente e residente de Salvador foi admitido no serviço de emergência do Hospital do Subúrbio às 9h45min acompanhado do filho e da esposa, os quais respondem à anamnese com bom nível e qualidade da informação.
Queixa principal
Dor de cabeça, rigidez de nuca, vômito e dificuldade de fala há três horas.
História de doença atual
Esposa relata que o paciente acordou às 7h da manhã com queixa de cefaleia em região occipital, graduada 7/10, de origem súbita, além de vômitos, rigidez de nuca e com dificuldade de fala. Fez uso de Novalgina 500mg para alívio da cefaleia, sem sucesso. Relata que foi deitar-se às 22 horas do dia anterior. Todavia, ao chegar na emergência já apresentava comprometimento do nível de consciência.
Caso Clínico: Diverticulite
Identificação do paciente
M.S.L, Paciente do sexo feminino, 61 anos, branca, católica, viúva, heterossexual, aposentada, procedente e residente de Salvador-BA. Grau de informação: boa.
Queixa principal
Dor em região de fossa ilíaca esquerda há 3 dias.
História da doença Atual (HDA)
Paciente é admitida na Unidade de Pronto Atendimento local com queixa de dor abdominal intensa em Fossa Ilíaca Esquerda (FIE) com início há 3 dias, referida como em cólica e que piora com a defecação. Ao ser questionada sobre a intensidade da dor, classificou-a como 7/10. Nega irradiação e fatores de melhora. Além disso, informa náuseas e vômitos intermitentes como sintomas associados, além de febre de 38°C há 1 dia, a qual cessou com o uso de Dipirona. Ainda relata ser obstipada cronicamente e ter tido episódio de enterorragia há 4 meses, mas não sabe informar a causa.
Caso Clínico: Covid-19
Identificação do paciente
Local: Unifacs, 18 de novembro às 19h.
J.S.L, 63 anos, masculino, pardo, católico, aposentado, natural e residente de Salvador, Bahia.
Informante: o paciente.
Grau de informação: bom.
Queixa principal
“Falta de ar” intensa há 4 dias.
História da doença Atual (HDA)
Paciente procurou o serviço de emergência com quadro de tosse seca, mal-estar, dispneia intensa, febre de 39 graus há 4 dias e sudorese intensa com início na última noite. Relata que a dispneia foi ficando gradativamente pior com o passar dos dias e nega que haja algum fator de melhora, mas diz que piora ao fazer esforço físico mesmo de moderada intensidade. Negou rinorreia, hiposmia e cefaleia. Paciente relata melhora da febre ao uso de dipirona 1g. Além disso, refere ter diabetes mellitus há 20 anos, porém não faz tratamento regular. Diz ter tido contato há sete dias com um parente que testou positivo para COVID-19. No momento do exame, o paciente relate dispneia de moderada intensidade.
Além de casos clínicos sobre COVID-19, veja também:
Caso Clínico: Nefropatia Diabética
Identificação do paciente
M.M.O, 53 anos, parda, brasileira, natural de Sobral, dona de casa, católica e heterossexual.
Queixa principal
A paciente refere que a cerca de 2 meses um inchaço começou a aparecer nos pés e tornozelos de tal forma que não conseguia calçar sapatos.
História da doença Atual (HDA)
A paciente relata que a cerca de 2 meses começou a perceber a formação de edema na região dos tornozelos e dos pés que dificultam o uso de sapatos. Para tal problema, a paciente realizou automedicação de um diurético, porém não se recorda o nome de tal medicamento, e além disso confirma que esse diurético conseguiu ajudar por um período de tempo. Ademais, a paciente observou que nos últimos meses, que coincidem com a presença do edema, obteve um aumento de peso em torno de 10 quilos. Esse fato deixou a paciente surpresa, pois a mesma relata que pratica exercícios físicos de forma regular. Outrossim, afirma que quando está urinando percebe que a sua urina é espumosa, algo que não era observado em meses anteriores ao aparecimento do edema.
Casos Clínicos: Síndrome de DRESS
Paciente do sexo feminino, 43 anos, branca, professora, residente e procedente de Brasília. Há 2 semanas iniciou tratamento para epilepsia e estava em uso de Tegretol.
Deu entrada no Pronto Socorro em mau estado geral, com queixa de náusea e vômito, apresentando exantema maculopapular morbiliforme em tronco e membros superiores, febre de 39,6°C, com anasarca, linfadenomegalia cervical e discreta icterícia (+/4). Ademais, ao exame físico apresentava dor de baixa intensidade à palpação profunda no quadrante superior direito e hepatomegalia.
Casos Clínicos: Pancreatite Aguda
Identificação do paciente
Bárbara Gomes Siqueira, 35 anos, branca, solteira, professora, católica, natural de Luziânia-GO, procedente e residente em Brasília – DF, há 20 anos.
Queixa principal
“Dor no estômago, há 2 dias”
História da Doença Atual (HDA)
Paciente relata dor abdominal persistente em pontada de início brando (4/10) há 2 dias, localizada em epigástrio com irradiação para o dorso, piora após ingesta alimentar e melhora na posição genupeitoral, associada a náuseas e vômitos. Nega febre. Alega uso de escopolamina/buscopan 500mg, sem melhora. Além disso, relata piora na intensidade da dor nas últimas 2h (8/10). Fezes e urina sem alterações.
Casos Clínicos: Iatrogenia por IOT com fio guia em paciente com AVC isquêmico
Paciente do sexo masculino, 63 anos, trazido por ambulância com história de rebaixamento súbito do nível de consciência, redução da força em hemicorpo esquerdo. Foi visto sem sintomas por familiares há mais de 3 horas.
Ao exame neurológico paciente não-responsivo a comandos verbais, resposta motora ausente em dimídio esquerdo, localizava à dor no hemicorpo direito, paresia facial central esquerda. Reflexo cutâneo-plantar sem resposta à esquerda, em flexão à direita. Além disso, apresentava assimetria de reflexos comparando-se os dimídios. Pupilas isocóricas e fotorreagentes, restante do exame sem anormalidades. Sinais vitais: FC: 70 bpm; FR: 11 irpm; PA: 160x 100 mmHg; saturação: 95%; T: 36,5 °C e IMC: 28,9 kg/m²
Ademais, familiares relatam história de hipertensão arterial sistêmica mal controlada.
Casos Clínicos: Acalásia
A.C.R.S, sexo feminino, 44 anos, natural e procedente de Tanquinho-BA, cozinheira, parda, católica. Grau de informação: bom.
Queixa Principal
Dificuldade de engolir alimentos há 8 meses.
História da Moléstia Atual
Paciente compareceu ao atendimento do Hospital Geral Roberto Santos em Salvador com queixa de disfagia à alimentos, associada à perda ponderal, há cerca de 8 meses. Além disso, refere sentir dor retroesternal em aperto há 2 anos e meio, exacerbada após alimentação, com duração de menos de 5 minutos. Associada à dor, relata “entalos” e regurgitações noturnas esporádicas, mas que se intensificaram nos últimos 6 meses. Foi diagnosticada há 2 anos do DRGE, mas diz que o tratamento não melhora seus sintomas. Sobre a disfagia, a paciente relata que a dificuldade de deglutir inicialmente era apenas para alimentos sólidos, com necessidade de grande ingestão de água para ajudar na deglutição, porém, há cerca de um mês, vem piorando. Paciente também relata halitose, apesar de boa higiene bucal.
Casos Clínicos: Transtorno de Personalidade Paranoide
Identificação
J. C. S., 26 anos, natural de São Paulo – SP , analista de sistema do banco do brasil, branca, solteira, formada em ciência da computação.
Queixa Principal
“Dificuldade de interação social” há 2 anos
História da Doença Atual
Paciente relata que há 2 anos começou a ter dificuldades em suas relações pessoais que foram se intensificando com o tempo. Afirma ter notado piora nos últimos 6 meses e que por isso resolveu procurar o médico. Além disso, relata uma forte desconfiança por todos ao seu redor e afirma ser perseguida no trabalho e em casa. Afirma ter se afastado da maioria de seus amigos pois os mesmo não queriam ver o seu sucesso profissional e nem alavancar sua autoestima. Ademais, relata que é perseguida no trabalho e que as pessoas ao seu redor fazem tudo para prejudica-la, atrasando prazos de entrega e sendo pouco colaborativos nas tarefas coletivas.
Em casa ela diz que é sobrecarregada para ajudar em muitas tarefas sendo que é sempre criticada por seus pais e irmã. Relata já ter sido encaminhada a outros psiquiatras por seu programa de assistência ao empregado devido a constantes conflitos no trabalho e por pedido de sua família e amigos mas que acredita que todos fazem isso por ter inveja de seu trabalho. Além disso, alega não confiar nesses profissionais e achar que estão todos querendo chamá-la de “louca”.
Casos Clínicos: Hanseníase
Identificação do paciente
Nome: TJFSA.
Idade: 62.
Data de nascimento: 10/06/1958.
Sexo: feminino.
Naturalidade: Porto Nacional.
Nacionalidade: Brasileira.
Ocupação: do lar.
Estado civil: casada.
Queixa principal
Paciente adentrou ao consultório com uma queixa de mancha branca no braço direito.
História da doença Atual (HDA)
Paciente, sexo feminino, chega na UBS relatando sobre uma lesão hipocrômica no braço direito de 3cm, com diminuição da sensibilidade tátil e dolorosa à palpação, apresentando nervo ulnar direito levemente espessado, porém sem dor. Nega fator de melhora e de piora.
Casos Clínicos: Câncer de mama
Identificação do paciente
Nome: JMLF.
Idade: 62 anos.
Data de nascimento: 04/04/1959.
Sexo: feminino.
Naturalidade: Piauí.
Nacionalidade: Brasileira
Ocupação: do lar.
Estado Civil: solteira.
Queixa principal
Presença de nódulo na mama esquerda.
História da doença Atual (HDA)
Paciente, sexo feminino, em uma visita domiciliar refere a presença de um nódulo em sua mama esquerda, aguardando a mamografia; mama esquerda apresentando calcificações puntiformes em sua projeção, predominantemente densa, com presença de nódulo na união dos quadrantes superiores 21-50mm, irregulares e com linfonodos axilares normais. Diagnosticada posteriormente com câncer de mama. Paciente obteve tratamento quimioterápico no HGP (Hospital Geral de Palmas). Realizou mastectomia em maio de 2020 e hoje está em acompanhamento oncoclínico. Realizado acompanhamento em conjunto com mastologista e oncologista.
Casos Clínicos: Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus com evolução de Doença Renal Crônica
Identificação do paciente
Nome: DJD.
Idade: 64.
Data de nascimento: 27/07/1957.
Sexo: Masculino.
Naturalidade: Anicuns – GO.
Nacionalidade: Brasileiro.
Ocupação: do Lar.
Estado civil: Casado.
Queixa principal
Paciente relata fraqueza muscular e dificuldade para caminhar.
História da doença Atual (HDA)
Paciente, sexo masculino, portador de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2 e insuficiência renal crônica, faz acompanhamento domiciliar com nefrologista e fisioterapeuta pela UBS. Recentemente, passou por internação hospitalar devido pós operatório de nefrectomia esquerda, onde evoluiu com pneumonia broncoaspirativa com necessidade de traqueostomia. Após o período de imobilização o paciente relata fraqueza muscular e dificuldade para caminhar, também foi orientado sobre a importância da imunização contra hepatite B, já que o mesmo tem realizado tratamento hemodialítico.
Casos Clínicos: Neoplasia do Trato Gastrointestinal Superior
Identificação do paciente
Benjamin Costa Saramandaia, 51 anos, sexo masculino, heretossexual, natural e procedente de Salvador (Bahia), afrodescendente, testemunha de Jeová, trabalha com serviços gerais (pintor, segurança, obras em geral). Grau da informação: Regular.
Queixa principal
Dificuldade para deglutição há 2 meses e meio.
História da doença Atual (HDA)
Paciente refere disfagia de início abrupto para sólidos há aproximadamente dois meses e meio, diz se sentir “entalado” ao comer alimentos sólidos, se alimentando apenas de alimentos líquidos e pastosos desde então. Relata, ainda, dor em queimação em região epigástrica, que se iniciou juntamente com a disfagia, e o levou a procurar atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento, na qual foi prescrito omeprazol, buscopam e outro medicamento o qual paciente não soube informar o nome (SIC). Além disso, refere perda de peso significativa (20 Kg em 2 meses) e alteração do ritmo intestinal, última dejeção há 4 dias com fezes em cíbalos. Ademais, afirma estar com o apetite mantido, nega odinofagia, náuseas, vômitos, melena e enterorragia.
Casos Clínicos: DRGE
G.A.C., 40 anos, sexo feminino, solteira, parda, enfermeira, espírita, natural e procedente de Salvador – Bahia.
QP: Paciente chega ao ambulatório referindo queimação no peito há 8 meses.
HDA: Relatou que às vezes essa pirose retroesternal é acompanhada de regurgitação, mais frequente durante a noite, que melhora momentaneamente quando faz o uso de antiácido (Estomazil em pastilha), piora quando se deita logo após se alimentar ou quando faz a ingesta de alguma comida mais gordurosa, como fast food. Além disso, paciente relata que sentiu piora do quadro nos últimos 2 meses e aumento da frequência desses episódios, chegando a mais de 4 dias na semana, associados a problemas emocionais e ansiedade que vem piorando. Relata náuseas na maioria das vezes que tem esses episódios, fazendo o uso de Dramin para melhora. Relata apresentar uma tosse seca há muito tempo, mas não soube relatar especificamente o período de início. Nega vômitos, disfagia, odinofagia, hematêmese, perda ponderal, halitose.
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