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Asma: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e particularidades

Asma- principais aspectos

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Asma: tudo o que você precisa saber para sua prática clínica!

Definida por episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas inferiores com limitação  variável ao fluxo de ar, reversível espontaneamente ou por medicação, resultante  do binômio hiper-reatividade das vias aéreas inferiores  X  inflamação.

A hiper-reatividade brônquica se expressa como uma resposta bronco-constritora exagerada a estímulos que, em situações normais, não causariam qualquer sintoma em indivíduos normais.

Epidemiologia da asma

A asma é um distúrbio extremamente comum. Atinge cerca de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo a doença crônica mais comum na infância, afetando cerca de 7 milhões de crianças. A maioria dos casos tem início antes dos 25 anos de idade – embora possa acometer qualquer faixa etária.

Anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que ocorrem cerca de 250.000 mortes por asma em todo o mundo.

Fisiopatologia da asma

A fisiopatologia da asma é complexa e envolve os seguintes componentes:

  • Inflamação das vias aéreas
  • Obstrução intermitente do fluxo de ar
  • Hiperresponsividade brônquica

Inflamação das vias aéreas

O mecanismo de inflamação na asma pode ser agudo, subagudo ou crônico, e a presença de edema das vias aéreas e secreção de muco também contribui para a obstrução do fluxo de ar e reatividade brônquica. Vários graus de infiltração de células mononucleares e eosinófilos, hipersecreção de muco, descamação do epitélio, hiperplasia do músculo liso e remodelação das vias aéreas estão presentes.

Obstrução do fluxo de ar

A obstrução do fluxo de ar pode ser causada por diversas alterações, como broncoconstrição aguda, edema das vias aéreas, formação crônica de tampão mucoso e remodelação das vias aéreas. A broncoconstrição aguda é a consequência da liberação do mediador dependente da imunoglobulina E após a exposição a aeroalérgenos e é o componente principal da resposta asmática inicial.

Hiperresponsividade brônquica

A hiperinsuflação compensa a obstrução ao fluxo aéreo, mas limita-se essa compensação quando o volume corrente se aproxima do volume do espaço morto pulmonar; o resultado é hipoventilação alveolar.

Mudanças desiguais na resistência ao fluxo de ar, a distribuição desigual de ar resultante e alterações na circulação do aumento da pressão intra-alveolar devido à hiperinsuflação levam à incompatibilidade ventilação-perfusão.

Classificação da asma

A classificação da gravidade da asma tem como objetivo determinar o manejo terapêutico adequado. Realiza-se a avaliação usual da gravidade considerando aspectos como a frequência dos sintomas, a tolerância ao exercício, a necessidade de medicação para estabilização dos sintomas, o número de consultas médicas e visitas ao pronto-socorro, o uso anual de corticosteroides sistêmicos e o número de hospitalizações por asma.

Segundo os critérios da IV Diretriz Brasileira para o Manejo da Asma, classifica-se a doença como controlada, parcialmente controlada e não controlada, conforme a tabela abaixo:

Asma | dos Sintomas ao Diagnóstico e Tratamento | MedicinaNET

Manifestações clínicas da asma

Episódios recorrentes de tosse seca, chiado no peito e dispneia são comuns em pacientes com asma. Muitas vezes, esses sintomas são acompanhados por aperto no peito e tendem a piorar durante a noite.

Além disso, a tosse pode ser o único sintoma presente em casos de asma, especialmente quando ocorre durante a noite ou desencadeia-se por exercícios físicos. Além disso, há uma associação frequente entre asma, rinite alérgica e dermatite alérgica.

Os fatores desencadeantes da asma podem variar de acordo com o indivíduo e incluem exposição a:

  • Alérgenos
  • Mudanças de temperatura
  • Uso de aspirina
  • Prática de exercícios físicos
  • Exposição ocupacional
  • Em alguns casos, podem ocorrer sem fatores identificáveis.

Diagnóstico da asma

Para estabelecer o diagnóstico de asma, o médico deve identificar sintomas episódicos de obstrução do fluxo aéreo, observar a obstrução do fluxo aéreo que seja pelo menos parcialmente reversível e excluir diagnósticos alternativos.

O diagnóstico funcional da asma fundamenta-se pela presença de sintomas característicos e confirmado pela demonstração de limitação variável do fluxo de ar. A espirometria consiste no método preferido para avaliar o fluxo aéreo e estabelecer o diagnóstico de asma, embora também utilize-se a medida do pico de fluxo expiratório (PFE), apesar de apresentar mais variabilidade e limitações. Resultados normais de espirometria ou PFE, quando o paciente está assintomático, não excluem o diagnóstico de asma.

Em casos de indivíduos sintomáticos com resultados normais de espirometria e ausência de reversibilidade significativa ao uso de broncodilatadores, confirma-se o diagnóstico por meio da verificação da hiper-responsividade das vias aéreas, utilizando teste de broncoprovocação com metacolina, carbacol, histamina ou exercício.

Etapas no tratamento da crise de asma

O tratamento da asma deve ser personalizado para cada paciente, pois o que funciona para um asmático pode não ser o melhor para outro. Além disso, a dosagem dos medicamentos pode ser ajustada conforme necessário. Por isso, é fundamental seguir as orientações do médico.

A maioria dos pacientes com asma recebe dois tipos de medicação: a controladora ou de manutenção, que previne o aparecimento dos sintomas e evita crises, e a de alívio ou resgate, que alivia os sintomas durante crises agudas.

As medicações controladoras atuam reduzindo a inflamação dos brônquios. Os corticoides inalados, sozinhos ou combinados com broncodilatadores de ação prolongada, são as principais medicações controladoras. Elas não só diminuem o risco de crises de asma, mas também ajudam a preservar a função pulmonar ao longo do tempo. Quando utilizadas corretamente, as medicações controladoras podem reduzir significativamente ou até mesmo eliminar a necessidade da medicação de alívio.

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Manejo da asma em pacientes com idade maior ou igual a 12 anos. CI: corticoide inalatório; LABA: long-acting β2 agonist (β2-agonista de longa duração); CO: corticoide oral; SABA: short-acting β2 agonist (β2-agonista de curta duração); e FORM: fumarato de formoterol.

Para relembrar

  • A fisiopatologia da asma é complexa e envolve inflamação das vias aéreas, obstrução intermitente do fluxo de ar e hiperresponsividade brônquica.
  • Os principais achados clínicos são dispneia, tosse, sibilância e sensação de opressão torácica.
  • A espirometria com resposta pós-broncodilatador deve ser obtida como teste primário para estabelecer o diagnóstico de asma.
  • A gravidade é classificada como intermitente, persistente leve, persistente moderada ou persistente grave.
  • O manejo farmacológico inclui o uso de agentes de alívio e controle. Os agentes de controle incluem corticosteroides inalados, broncodilatadores de ação prolongada (beta-agonistas e anticolinérgicos), teofilina, modificadores de leucotrieno, anticorpos anti-IgE, anticorpos anti-IL-5 e anti-IL-4 / Anticorpos IL-13. Os medicamentos de alívio incluem broncodilatadores de curta ação, corticosteroides sistêmicos e ipratrópio.
  • Com exacerbações graves, as indicações para hospitalização são baseadas em achados após o paciente receber 3 doses de um broncodilatador inalado.
  • De forma geral, os pacientes devem ser avaliados a cada 1-6 meses para controle

Perguntas Frequentes:

1 – Qual é a incidência da asma?

A asma é um distúrbio extremamente comum. Atinge cerca de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo a doença crônica mais comum na infância, afetando cerca de 7 milhões de crianças.

2 – O que é a asma?

Asma é definida por episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas inferiores com limitação  variável ao fluxo de ar, reversível espontaneamente ou por medicação, resultante  do binômio hiper-reatividade das vias aéreas inferiores  X  inflamação.

3 – Como é a fisiopatologia da asma?

Envolve a Inflamação das vias aéreas, a obstrução intermitente do fluxo de ar e a hiperresponsividade brônquica.

Referências bibliográficas

  1. J Bras Pneumol. IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. 2006;32(Supl 7):S447-S 474.
  2. J Bras Pneumol. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma. v.38, Suplemento 1, p.S1-S46 Abril 2012.
  3. Global Initiative for Asthma. Bethesda: Global Initiative for Asthma; c2019 [cited 2019 Mar 01]. Global Strategy for Asthma Management and Prevention (2019 update). Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2019/06/GINA-2019-main-report-June-2019-wms.pdf
  4. J Bras Pneumol. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020. 2020;46(1):e20190307.
  5. Asma. Acesso em 20 de junho de 2021. Disponível em: https://emedicine.medscape.com

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