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Ansiolíticos: definição, principais medicamentos e efeitos adversos

Ansiolíticos

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Confira neste artigo tudo que você precisa saber sobre ansiolíticos, incluindo definição, principais medicamentos e mais.

Os ansiolíticos são medicamentos amplamente utilizados no tratamento de transtornos de ansiedade, ajudando a reduzir sintomas como tensão, medo e inquietação.

Entre os principais tipos, destacam-se as benzodiazepinas e os antidepressivos com propriedades ansiolíticas. Apesar de eficazes, esses medicamentos podem causar efeitos adversos, como sonoridade, dependência e alterações cognitivas, ressaltando a importância de seu uso racional e supervisionado por profissionais de saúde.

Desse modo, o objetivo deste artigo é explorar a definição, os medicamentos mais comumente prescritos e os cuidados necessários para evitar complicações e aprimorar sua prática clínica. Acompanhe!

Contexto histórico

O álcool e os derivados etílicos são a substância com efeitos ansiolíticos mais utilizada na humanidade e comumente utilizada nessa finalidade. Desse modo, até a década de 50, os barbitúricos eram muito utilizados no tratamento da ansiedade, sobretudo o fenobarbital (gardenal).

Antes era muito comum o uso de barbitúricos. Assim, hoje em dia, o fenobarbital é mais utilizado no tratamento de epilepsia. Desse modo, o índice terapêutico não é tão seguro, pois as doses tóxicas são muito próximas das doses terapêuticas.

Em um segundo momento, o meprobamato foi muito utilizado no manejo da ansiedade. Além disso, em 1957, surgiram os benzodiazepínicos, que revolucionaram o tratamento da ansiedade. Dessa forma, os benzodiazepínicos são drogas seguras, tem poucos riscos de toxicidade mesmo em doses elevadas. Os riscos que sabemos hoje em dia (como abstinência e déficits cognitivos) eram desconhecidos anteriormente.  

Princípios do tratamento ansiedade

O tratamento da ansiedade combina terapia, medicamentos e mudanças no estilo de vida para proporcionar alívio dos sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Entre os medicamentos mais utilizados, destacam-se:

  • ISRS e ISRN;
  • Agonistas parciais dos receptores de serotonina 5HT1A;
  • Benzodiazepínicos; e
  • Gabapentinóides.

Cada abordagem deve ser individualizada, considerando o perfil do paciente, a gravidade dos sintomas e possíveis efeitos colaterais.

Benzodiazepínicos

Farmacodinâmica

GABA é o principal neurotransmissor inibitório, reduzindo a atividade de diversos NT (como os da amígdala e do CETC). O receptor GABA é composto de 4 subunidades e existem 3 principais subtipos (A, B e C). Esses receptores são canais iônicos controlados por ligantes.

Assim, o neurotransmissor GABA se liga ao seu receptor e promove um influxo de cloro na célula, o que promove relaxamento muscular, indução do sono, diminuição da ansiedade, abortamento e tratamento proliflático de crise convulsiva.

Agonistas halostéricos (benzodiazepínicos): eles se ligam a seu sítio e promovem uma frequência maior de abertura do canal iônico acoplado a subunidade do receptor GABA, promovendo um aumento do influxo de cloreto. Dessa forma, ele potencializa o efeito GABA aumentando a frequência de abertura dos canais iônicos.

Os barbitúricos também se ligam a esse receptor, mas eles deixam o canal iônico aberto (e não aumentam a frequência de abertura). Isso promove um influxo maior de cloreto sem o fechamento do canal, o que pode promover um relaxamento muscular muito intenso e não autolimitado, como acontece com os benzodiazepínicos. Muitos pacientes tentam suicídio com fenobarbital. O paciente pode ir a óbito por insuficiência respiratória devido a interrupção das contrações do diafragma pelo relaxamento muscular.

Existe ainda uma prescrição exagerada de Clonazepam (Rivotril) no Brasil. Apesar de ser uma droga excelente nas crises, o seu manejo é cuidadoso.

ALPRAZOLAM (FRONTAL)

  • Apresenta 1 única via de metabolização. A depender da metabolização do indivíduo (idoso, hepatopata), pode necessitar de dose mais altas (perceba que doses elevadas não necessariamente estão relacionadas a quadros mais graves da doença);
  • Início de ação: 0,7 a 2,1h (cerca de 1h);
  • Metabolização hepática (CYP3A4) e excreção renal;
  • Apresentações: 0,25mg, 0,5mg (liberação prolongada), 1mg, 2mg. A formulação sublingual não existe mais no Brasil.

CLONAZEPAM (RIVOTRIL)

  • Pico plasmático: 1 a 3h;
  • Meia vida: 20 a 40h (pode aumentar em idosos devido a lentificação da metabolização);
  • Metabolização hepática (atentar para paciente hepatopata).
  • Apresentação: 0,25mg SL, 0,5mg e 2mg VO. Frasco 20ml – gotas (2,5mg/ml) VO.

DIAZEPAM (VALIDUM)

  • Se transforma em 3 fármacos ativo e cada um deles apresenta um pico e uma meia vida diferente. 
  • Meia vida: 3 horas.
  • Dose proporcional: 10 mg do Diazepam é menos incisivo é de 2 mg de clonazepam. A equivalência é: 2mg de clonazepam = 20 / 25 mg do Diazepam.
  • Metabolização renal.
  • Apresenta uma forma injetável, que quando feita IM tem uma liberação errática. Deve ser utilizada de forma IV.

Outros: Lorazepam (lorax).

Riscos uso crônico

  • Dependência: 50% dos pacientes que usam por mais de 1 ano chegam a usar por 5 a 10 anos;
  • Tolerância: ocorre uma redução da sensibilidade do receptor GABA. A tolerância ocorre principalmente em relação aos efeitos hipnóticos e sono e menos em relação aos efeitos ansiolíticos;
  • Aumento da taxa de mortalidade do idoso, devido ao risco de queda;
  • Além disso, alterações cognitivas agudas. No entanto, ainda não é consenso sobre aumento de transtornos neurocognitivos a longo prazo.

Efeitos Adversos

  • Sonolência excessiva diurna (“ressaca”);
  • Piora da coordenação motora fina;
  • Hipomnésia de fixação e amnésia anterógrafa (alterações cognitivas agudas);
  • Tonturas e zumbidos;
  • Quedas e fraturas;
  • Reação paradoxal: comum em deficientes mentais, idosos e crianças. ocorre agitação, excitação, agressividade e desibinição após o uso de benzodiazepínicos; e
  • Idosos: maior risco de interações medicamentosas, piora do desempenho psicomotor e cognitivo e risco de acidentes de trânsito e domésticos.

Gabapentinoides

Os principais são: GABAPENTINA E PREGABALINA. A pregabalina atua como o principal anticonvulsivante e trata a fibromialgia, podendo também servir como monoterapia em alguns casos de ansiedade, incluindo o transtorno bipolar. Eles bloqueiam a liberação de glutamato quando a neurotransmissãoo é excessiva (na amigdala e nos circuitos do córtex).

Agonistas Parciais de 5HT1A (APS)

Se ligam aos receptores serotoninérgicos 5HT1A, aumentando a atividade serotoninérigca na fenda pós-sináptica. A ação agonista parcial promove efeitos relacionados a diminuição do medo (amigdala) e preocupação (córtex pré-frontal, estriado e tálamo). O principal medicamento é a buspirona (ansitec). Pode ser utilizado para potencializar o tratamento antidepressivo com sintomas de ansiedade.

Perguntas frequentes

Algumas perguntas são feitas com muitas frequências e por isso, foram escolhidas três perguntas frequentes para serem respondidas. Dessa forma, podemos sanar algumas das suas dúvidas sobre o assunto.

1 – Qual principal benzodiazepínico utilizado no tratamento de ansiedade?

Clonazepam (Rivotril).

2 – Em que é baseado o tratamento de ansiedade?

ISRS e ISRN; Agonistas parciais dos receptores de serotonina 5HT1A; Benzodiazepínicos e Gabapentinóides.

3 – Qual risco do uso de benzodiazepínicos?

Abstinência e déficits cognitivos.

4- Calmante e ansiolítico são as mesmas coisas?

O termo “calmante” costuma designar de forma genérica o ansiolítico. Desse modo, o ansiolítico e o calmante são a mesma coisa.

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