Residência Médica

As melhores residências em Otorrinolaringologia

As melhores residências em Otorrinolaringologia

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Estabelecer quais são as melhores residências em otorrinolaringologia ainda é uma tarefa delicada. Isso porque, no Brasil, não há metodologia única que faça a análise e comparação dos programas.

Dessa forma, ao longo desta publicação, nós vamos mostrar um panorama geral da especialidade e, por fim, mostrar as melhores residências em otorrinolaringologia com base nas instituições e programas que são referências no setor. Confira!

Otorrinolaringologia

A otorrinolaringologia é a especialidade médica que estuda, diagnostica e trata os distúrbios do ouvido (oto), nariz (rino) e boca/garganta (laringo). A especialidade médica é abrangente e importante, sendo a responsável por estudar três dos cinco sentidos do corpo humano: paladar, olfato e audição. 

Tem tanta importância no cenário brasileiro que hoje é a 15ª especialidade mais procurada entre os médicos recém-formados.

Poucas especialidades médicas sofreram tantas mudanças e amplo desenvolvimento científico nas últimas décadas quanto a otorrinolaringologia. Ao longo dos anos, a especialidade foi aperfeiçoada e incorporou tecnologias na endoscopia, radiologia e microcirurgia em sua atuação profissional.

Apesar de hoje ser uma especialidade bastante moderna, que utiliza aparelhos de alta tecnologia, existem relatos otorrinolaringológicos de aproximadamente 1500 a.C, como na Farmacopéia Egípcia, na qual existe um capítulo intitulado: “Medicamentos para o ouvido com audição fraca”. Nele são encontrados tratamentos para zumbidos, tonturas e hipoacusia.

Outras descrições de tratamentos e cirurgias na laringe e faringe datam dos médicos egípcios, hindus e gregos. Já em 1873, foi realizada a primeira laringectomia total, em Viena, pelo cirurgião Theodor Billroth.

O médico otorrinolaringologista

O otorrinolaringologista sempre precisa buscar novos conhecimentos e se dedicar ao aprendizado das diversas técnicas cirúrgicas empregadas nesta especialidade, uma vez que ela encontra-se em constante evolução e refinamento alinhada com as tecnologias mais avançadas.

A otorrinolaringologia é uma uma especialidade clínico-cirúrgica e, por isso, o médico que escolher trabalhar nesta área tem a oportunidade de distribuir seus horários de trabalho entre turnos de consultório, cirurgias e, muitas vezes, plantões.

Em sua rotina, o especialista costuma atender muitos pacientes com infecções agudas das vias respiratórias, otites, queixas como obstrução nasal crônica, roncos e perda auditiva. 

É também por isso que o cotidiano no consultório não costuma ser estressante, com exceção de eventuais complicações cirúrgicas, principalmente relacionadas a tumores e complicações de otites, rinossinusites, etc.

Já no plantão a situação pode ser um pouco diferente. É comum a chegada de pacientes, principalmente pediátricos, necessitando de remoção de corpos estranhos em conduto auditivo, nariz ou garganta. Esta tarefa minuciosa e delicada é uma das atividades desempenhadas por um plantonista em otorrinolaringologia. 

Perfil do médico otorrinolaringologista

De acordo com a Demografia Médica de 2023, no Brasil a especialidade possui 8.100 médicos otorrinolaringologistas (o que representa 1,6%). Nos últimos 10 anos a especialidade teve um aumento de 62,8%.

O perfil desse médico consiste em um profissional 47,4 de idade, sendo 28,3% médicos com 55 anos ou mais e 20,7% com 35 anos ou menos. 56,5% são homens e 43,5% são do sexo feminino.

Por região, a quantidade de otorrinolaringologista é irregular e se dá, da seguinte maneira:

  • Norte 3,2%;
  • Nordeste 17,4%
  • Sudeste 53,8%
  • Sul 16,8%
  • Centro-Oeste 8,8%.

A rotina do otorrinolaringologista

Por se tratar de uma especialidade clínica-cirúrgica, o dia-a-dia do otorrinolaringologista é bastante diverso. Dentre os procedimentos mais comuns, destacam-se: 

  • Videolaringoscopia 
  • Remoção de cáseo
  • Remoção de cerúmen
  • Videoendoscopia nasal 
  • Diagnóstico de vestibulopatias periféricas

Já entre as cirurgias mais realizadas estão:

  • Adenoamigdalectomia
  • Timpanoplastia
  • Septoplastia. 

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF)

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial é uma sociedade civil de caráter científico, sem fins lucrativos, legítima representante da classe profissional dos médicos otorrinolaringologistas, que se propõe a promover o desenvolvimento da especialidade e o intercâmbio científico, técnico, cultural e social entre os seus profissionais. É vinculada à Associação Médica Brasileira.

Missão

Trabalhar em busca da excelência da Otorrinolaringologia Brasileira, promovendo atualização e conhecimento, valorizando e defendendo o interesse dos seus associados e colaborando na melhoria das condições de saúde da população brasileira.

Visão

Ser modelo de associação de especialidade médica no Brasil, com expressão internacional.

Mercado de trabalho

Assim como em outras especialidades, o otorrinolaringologista poderá trabalhar em clínicas privadas, hospitais públicos ou investir em seu próprio consultório. 

Nas duas primeiras opções, geralmente o médico recebe de acordo com a sua produtividade baseada em valores de consultas e procedimentos particulares ou nos valores estabelecidos pelos planos de saúde.

De todo modo, a carreira profissional do otorrino não necessariamente está atrelada a uma grande empresa, podendo acontecer de maneira independente. Nesse caso, é preciso realizar um investimento inicial para montar o próprio consultório, com os equipamentos necessários para diagnóstico e condução dos casos atendidos.

Para o otorrinolaringologista, também existe a possibilidade de seguir com os estudos e investir em uma subespecialização!

Área de atuação

A otorrinolaringologia é uma especialidade bastante abrangente que possibilita ao residente estudar diversos assuntos. Além da Otologia, Rinologia e Laringologia, este especialista também tem como área de atuação:

  • Medicina do Sono (distúrbios do sono em geral, ronco e apneia);
  • Cirurgia Cérvico Facial (doenças da cabeça e pescoço, englobando a tireoide);
  • Cirurgia Craniomaxilofacial (doenças e deformidades do crânio e dos maxilares);
  • Foniatria (Distúrbios de Comunicação e Aprendizagem);
  • Otorrinolaringologia Pediátrica (deformidades congênitas e baixa de audição em crianças);
  • Otorrinolaringologia ocupacional (doenças relacionadas ao trabalho);
  • Cirurgias Plásticas faciais (Rinoplastias estéticas e reconstrutoras e Otoplastias);
  • Cirurgia Plástica de Pálpebras (blefaroplastias).

Remuneração

Um médico otorrinolaringologista ganha em média R$ 6.150,92 no mercado de trabalho brasileiro para uma jornada de trabalho de 19 horas semanais, de acordo com pesquisa do site Salário junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web, dados de janeiro a dezembro de 2022.

A faixa salarial é de R$5.511,60. O teto é de R$3.241,66 e a média do piso salarial de 2023 é de R$5.982,93.

A remuneração, em linhas gerais, depende da experiência do profissional e da área de atuação.

Residência médica em otorrinolaringologia

A residência médica em otorrinolaringologia tem duração de três anos e a forma de ingresso é por acesso direto, ou seja, basta ter registro de médico para ingressar em programas de residência médica credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica/Ministério da Educação (CNMR/MEC). 

Durante a residência em Otorrinolaringologia, as atividades são distribuídas em ambulatórios, cirurgias, plantões em emergências, atividades acadêmicas e de pesquisa.

Antes de escolher em qual instituição fazer a residência médica  é importante considerar alguns pontos, como a estrutura dos ambulatórios, da presença e conservação de equipamentos fundamentais, como:

  • BERA
  • Audiometria
  • Otoemissões
  • Polissonografia
  • Vectoeletronistagmografia
  • Equipamento de videoendoscopia

Segundo o Relatório de Demografia Médica de 2023, haviam 633 médicos residentes em atuação, destes 215 R1. Esse número representa 1,7% dos residentes brasileiros. Todavia, em 2018 haviam, autorizadas pelo CNRM, 820 vagas. 

Objetivo

Habilitar médicos a adquirir as competências necessárias para realizar diagnósticos, procedimentos diagnósticos, tratamentos clínicos e cirúrgicos na área de otorrinolaringologia.

Matriz de competências

A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) aprovou a matriz de competências para a formação de especialistas em otorrinolaringologia. Confira a matriz clicando aqui.

Subespecialidades

Segundo o Relatório de Demografia Médica de 2023, haviam as seguintes subespecialidades autorizadas pelo CNRM:

  • Cirurgia Crâniomaxilofacial – 01 ano
  • Foniatria – 01 ano
  • Medicina do Sono – 01 ano

Melhores residências em otorrinolaringologia

A escolha da residência médica é uma etapa fundamental na formação do médico. Sendo assim, o profissional deve pesquisar sobre as instituições que oferecem a especialidade escolhida e optar por aquelas que atendam as demandas pessoais para uma boa formação e suas necessidades.

No Brasil, segundo a ABN há aproximadamente 100 programas de residência médica sendo ofertados. São instituições de caráter federal, estadual, militar, privado ou filantrópico. 

Definir quais as melhores residências é uma tarefa delicada, afinal ainda não há metodologia única que compare e analise todas as residências. Desse modo, listamos abaixo, algumas instituições que sempre são apontadas pelo setor como boas referências: 

  1. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP – https://www.fcm.unicamp.br/
  2. FACULDADE DE MEDICINA DA USP – http://www.fm.usp.br/fmusp/portal/
  3. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS (HUPES) – UFBA – www.ufba.br
  4. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE – www.ufpe.br
  5. HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – www.hcpa.ufrgs.br

Sugestão de leitura complementar

Referências:

  1. Otorrinolaringologia: residência, rotina, mercado de trabalho e mais
  2. Relatório de Demografia Médica de 2023
  3. Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
  4. Serviços reconhecidos pela ABORL-CCF
  5. Matriz de competências de Otorrinolaringologia