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Amputação transtibial | Colunistas

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Introdução

A amputação tibial é a remoção parcial ou completa dos ossos da tíbia e fíbula da panturrilha. Este tipo de amputação, embora traga doenças físicas e mentais aos pacientes, ainda é considerado um bom nível posicional, principalmente, para reabilitação e indicação de próteses. Esse procedimento, por sua vez, pode ser dado em diferentes subníveis. Caso não seja uma amputação de “tíbia”, mas uma situação em que a perna e todos os elementos anatômicos estruturais estão completamente ausentes, esse nível é chamado de “dissecção do joelho”. Por esse motivo, muitas pessoas costumam se referir à operação como “amputação de perna”.

Níveis de amputação transtibial

T1 – amputação no terço superior da perna.

T1S – amputação na porção superior do terço superior da perna.

T1I – amputação na porção inferior do terço superior da perna.

T2 – amputação no terço médio da perna.

T2S – amputação na porção superior do terço médio da perna.

T2I – amputação na porção inferior do terço médio da perna.

T3 – amputação no terço inferior da perna.

T3S – amputação na porção superior do terço inferior da perna.

T3I – amputação na porção inferior do terço inferior da perna.

Principais causas de amputação transtibial

Por exemplo, em alguns casos, quando um paciente sofre de diabetes ou malformações congênitas, como hematúria sural ou problemas vasculares, a cirurgia é agendada com antecedência e o acompanhamento psicológico é iniciado desde o pré-operatório.

Em outras situações, como grave acidente de trânsito ou de trabalho, a pessoa já acorda sem um ou dois membros e precisa se adaptar à nova realidade. Esta é uma das razões pelas quais a psicoterapia se faz tão importante.

Seja qual for o motivo da cirurgia, além de superar os desafios psicológicos da amputação com a ajuda de profissionais capacitados, é importante sempre ter uma equipe de fisioterapeutas qualificados também, como fisioterapia pós-amputação e pós-ajuste.

Pós-operatório e reabilitação

Dentro de 24 a 48 horas após a operação, de acordo com a condição do caso (incluindo a causa da amputação), dependendo da tolerância e intensidade do paciente, exercícios isométricos e terapia por exercícios leves com mobilidade articular leve podem ser realizados ativamente. Em alguns casos, como em amputados politraumatizados, dor intensa devido a lesão no joelho ou fratura do fêmur, a terapia com exercícios deve ser iniciada mais tarde.

Ao descobrir sinais clínicos de dor causados ​​por neuromas, após a retirada dos pontos cirúrgicos, deve-se atentar para a boa cicatrização da ferida operatória para evitar a adesão ao plano profundo, massagear suavemente o coto e aquecê-lo. Gradualmente, mantenha a tensão muscular nas pernas e fortaleça esse tecido muscular.

Amputados unilaterais devem começar a andar com um par de muletas nas axilas ou andadores o mais rápido possível dentro das primeiras 24 horas após a amputação. Há situações em que a marcha auxiliada no curto período se torna impossível, porém tentar o simples ortostatismo será um avanço no programa de reabilitação, principalmente aos idosos e debilitados clínica ou fisicamente.

O plano de reabilitação deve ser iniciado o mais cedo possível, levando em consideração as variáveis ​​de cada paciente, o que também significa que a rapidez do plano é variável em todos.

Quando possível, havendo infraestrutura no respectivo serviço de reabilitação disponível, o tratamento de Reabilitação Física realizado em piscina térmica tem uma série de vantagens.

De acordo com a literatura científica mais recente, é importante ressaltar que inserir a prótese imediatamente ainda é a escolha mais sensata. A prótese imediata é uma espécie de coto de amputação adaptado ao coto de amputação da mesa cirúrgica imediatamente após o processo operatório e possui todas as características técnicas de uma prótese normal. As vantagens deste procedimento superam as desvantagens e riscos. Para isso, são necessários pessoal e infraestrutura especializados, o que pode ser um fator decisivo em muitas regiões do Brasil.


O texto é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

Observação: material produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar junto com estudantes de medicina e ligas acadêmicas de todo Brasil. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido. Eventualmente, esses materiais podem passar por atualização.

Novidade: temos colunas sendo produzidas por Experts da Sanar, médicos conceituados em suas áreas de atuação e coordenadores da Sanar Pós.


Referências:

Adams CT, Lakra A. Below Knee Amputation. [Updated 2020 Sep 7]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan-.Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK534773/

Penn-Barwell JG. Outcomes in lower limb amputation following trauma: a systematic review and meta-analysis. Injury. 2011 Dec;42(12):1474-9. doi: 10.1016/j.injury.2011.07.005. Epub 2011 Aug 9. PMID: 21831371.

Penn-Barwell JG. Outcomes in lower limb amputation following trauma: a systematic review and meta-analysis. Injury. 2011 Dec;42(12):1474-9. doi: 10.1016/j.injury.2011.07.005. Epub 2011 Aug 9. PMID: 21831371.